sexta-feira, 14 de maio de 2010

Declaração Universal do Direito dos Animais


Gente, neste post eu vou divulgar os direitos dos animais e o termo de adoção(a esquerda), que todos que forem doar um animal devem ter em mãos para o adotante preencher e lhe entregar de volta.
No site da Animaisos, entre em adoção, clique em adote um amigo,termo de adoção para download, e pronto!
Ahhh sim! E também tem uma foto do meu filhinho, o Toddy!!!
Abraços!

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

01 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
02 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
03 - Nenhum animal deve ser maltratado.
04 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
05 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca ser abandonado.
06 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
07 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
08 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra o animais.
09 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

Preâmbulo:
Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ministério do Meio Ambiente do Brasil apoia a Declaração Universal de Bem-Estar Animal


A campanha internacional pelo reconhecimento mundial do bem-estar animal junto à ONU ganhou um forte aliado hoje: o Ministério do Meio Ambiente (MMA), quando o ministro Carlos Minc assinou seu apoio por uma Declaração Universal de Bem-Estar Animal - DUBEA.

O ministro Carlos Minc abriu a cerimônia de assinatura lembrando seu longo envolvimento com a causa da proteção animal e com a WSPA “desde as manifestações contra a farra do boi nas ruas do Rio, há muitos anos” até o seu apoio pela criação de uma Declaração Universal de Bem-Estar Animal, como propõe a WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal. Minc disse que não podia se furtar a assinar o documento, seja como cidadão seja como ministro hoje responsável pelo imenso patrimônio da fauna silvestre brasileira que já tem centenas de espécies ameaçadas de extinção. Ele prometeu também ao diretor da WSPA Brasil, Antonio Augusto Silva, apresentar o documento ao presidente Lula e convencê-lo das vantagens do nosso País também se tornar um signatário.

- A assinatura do presidente seria uma sinalização forte de que o país está preocupado com o bem-estar dos animais e pode ter repercussões positivas até para o comércio internacional, ponderou Minc.
– Com esse gesto, o Ministério do Meio Ambiente dá um sinal claro de que está preocupado com a proteção animal em escala global. É mais uma prova de que não é possível pensar na questão ambiental sem levar em conta o bem-estar dos animais – avalia Antonio Augusto, diretor da WSPA no Brasil.

O ministro Minc é mais um dos signatários que apoiam a Declaração, dentre outros governantes e membros de governo, como o Presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, Oscar Arias, o Ministro do Meio Ambiente e das Florestas da Índia, dentre outros.

Brasil: o segundo maior apoiador

O apoio do MMA está em sintonia com a opinião dos brasileiros, uma vez que o Brasil é o segundo país com maior número de participantes do abaixo-assinado pela Declaração: mais de 232 mil, perdendo apenas para os Estados Unidos, que têm mais de 327 mil.

Por parte do público, em breve o abaixo-assinado irá alcançar o impressionante número de 2 milhões de participantes no mundo todo. Trata-se de um forte indício de que o bem-estar animal é uma preocupação mundial e, como tal, precisa ser considerado pelos governos das nações.

Resta agora ampliar cada vez mais o apoio político internacional de forma a fortalecer a criação de um texto pela proteção animal para votação no Plenário da ONU, que seja consenso entre os países membros das Nações Unidas.

Ministérios que estão apoiando a Declaração:


Austrália: Ministério da Agricultura
Barein: Ministério da Agricultura
Bolívia: Vice-Ministro de Biodiversidade, Florestas e Meio Ambiente
Brasil: Ministério do Meio Ambiente
Chile: Ministério do Meio Ambiente
Colômbia: Ministério do Meio Ambiente / Ministério da Agricultura / Ministério das Relações Exteriores / Senado
Costa Rica: Ministério do Meio Ambiente / Ministério da Agricultura / Ministério da Educação
Croácia: Ministério da Agricultura
Malásia: Ministério da Agricultura
Noruega: Ministério da Agricultura
Filipinas: Ministério da Agricultura
Sérvia: Ministério da Agricultura
Tanzânia: Ministério de Desenvolvimento Pecuário
Tailândia: Departamento de Desenvolvimento Pecuário, Agricultura e Cooperativas
Tajidquistão: Ministério do Meio Ambiente

Países que já deram total apoio à Declaração:

Todos os 27 países-membros da União Europeia, Suiça, Camboja, Fiji, Nova Zelândia, Palau e Seychelles.

Assine a Declaração Universal de Bem-Estar Animal - DUBEA
A WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal lançou, em junho de 2006, um importante documento para estabelecer critérios uniformes para a proteção dos animais em todo o mundo: a Declaração Universal de Bem-Estar Animal – DUBEA. Um acordo que estabelece diretrizes básicas de bem-estar, reconhecendo os animais como seres sencientes (que têm sentimentos) e sua proteção como importante meta para o pleno desenvolvimento social das nações.

Clique no link ao lado e assine a Declaração: www.dubeabrasil.org

Fonte : WSPA

domingo, 7 de março de 2010

Mitos das experiências com animais


RESUMO DE TRABALHO APRESENTADO NO SIMPÓSIO DE GENEBRA, REALIZADO PELA LIGA INTERNACIONAL DOS MÉDICOS PELA ABOLIÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS EM ANIMAIS

1º Mito – O conhecimento médico está baseado em experiências com animais.

Sempre nos fazem crer que a verdadeira arte médica só começou há cerca de 100 anos, com a quimioterapia. Isso é falso: em todas as épocas houveram médicos excelentes que realmente conseguiam ajudar; em todas as épocas houveram academias famosas realmente ensinando a arte da cura.
As bases do conhecimento médico clássico não eram pesquisas em animais, embora estas já existissem em pequenas proporções, há milênios. Essencial era a observação de homens e animais doentes e sadios. Também a maior parte do nosso conhecimento médico moderno não se baseia em experiências com animais ou, então, foi apenas confirmado posteriormente por essas experiências. Muitas substâncias eficazes à base vegetal e também medicamentos como o ácido acetilsalisílico (contra febre) ou fenobarbital (para epilepsia) foram descobertos sem experiências em animais. A maioria das técnicas cirúrgicas habituais não foram desenvolvidas em animais.

2º Mito: Foram as experiências em animais que possibilitaram o combate às doenças e, desta forma, permitiram aumentar a vida média.

Esse mito padrão daqueles que apóiam as experiências com animais é falso! O aumento da expectativa de vida deve-se, principalmente, ao declínio das doenças infecciosas e à consequente diminuição da mortalidade infantil. As causas desse declínio foram melhores condições de saneamento, uma tomada de consciência em questões de higiene e uma melhor alimentação – não foi à introdução constante de novos medicamentos e vacinas. Da mesma maneira, os elevados coeficientes de mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribuídos a problemas sociais, à pobreza, à desnutrição, etc… – não à falta de medicamentos ou vacinas.

3º Mito: A pesquisa médica só é possível com experiências em animais.

Há algumas décadas, o conceito de métodos alternativos não existia. Ainda recentemente nos explicavam que o teste DL-50% (para determinar a dose letal) e outras atrocidades eram indispensáveis. Os cientistas declaravam unânimes que só o animal ileso poderia demonstrar o efeito dos medicamentos. Atualmente as declarações são mais cuidadosas. A indústria está explicando, constantemente, quantos animais já substituíram, quanto já diminuiu o consumo de animais e como é perfeitamente possível renunciar ao DL-50%. Em muitas áreas estão utilizando métodos alternativos, processos in-vitro com culturas celulares, microrganismo, etc, cujos resultados superam de longe as provas fornecidas pelas experiências em animais.
Esse desenvolvimento mostra como – através da pressão da opinião pública – é possível conseguir que não se façam experiências com animais.
Percebemos também, que muito daquilo que era considerado parte incontestável da medicina moderna, pode ser, tranquilamente, substituído em poucos anos.

4º Mito: Experiências em animais são necessárias porque as doenças mais importantes ainda não têm cura.


Apesar das excessivas experiências em animais, as doenças mais importantes não foram modificadas, não se tornaram mais curáveis. Esse fato mostra exatamente o pouco que as experiências em animais podem contribuir para a erradicação das doenças humanas. A conseqüência lógica não pode ser a ampliação da pesquisa em animais e sim, esforços redobrados visando o controle, a profilaxia e a pesquisa das causas das doenças. Não há mais dúvidas de que nós mesmos causamos a maioria das doenças através de alimentação errada, dependência de substâncias tóxicas, stress, etc.
Estudos amplos com vegetarianos comprovaram há tempo que uma alimentação mais saudável reduz o risco de câncer, diminui a probabilidade de doenças cardiovasculares e aumenta a expectativa de vida.

5º Mito: Experiências em animais são necessárias para afastar a ameaça de novas doenças.
Uma típica nova doença ameaçadora é a AIDS. A pesquisa da AIDS é um ótimo exemplo de pesquisa moderna que pode acumular consideráveis conhecimentos em pouco tempo e sem usar experiências em animais. Os progressos na pesquisa da AIDS não se baseiam em experiências em animais, mas na epidemiologia, na observação clínica dos doentes e nos estudos in-vitro com culturas celulares.

6º Mito: Os riscos de novos medicamentos e vacinas só podem ser determinados por meio de experiências em animais.

Medicamentos importantes foram descobertos antes da era das experiências em animais, que ainda hoje estão em uso. Fica cada vez mais claro que a transferência de resultados toxicológicos do animal para o homem não tem sentido. Existem cada vez mais métodos expressivos que dispensam as experiências em animais. Testes toxicológicos como o DL-50% ou o estudo de irritação dos olhos do coelho (Teste Draize) são – também segundo diversos cientistas – rituais de extrema crueldade que nada têm a ver com ciência. Ainda mais difíceis de serem transferidos para o homem são os resultados de pesquisas nas quais fazem penetrar em diversos animais, por ingestão ou injeção, grande quantidade de substâncias experimentais durante um tempo prolongado. Não convém esquecer que o risco final é sempre do homem; mas, na medida em que experiências em animais aparentam segurança, o homem é levado ao uso descuidado de novas substâncias. Isso aumenta o risco ainda mais.
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7º Mito: Experiências em animais não prejudicam a humanidade.

Experiências em animais atribuem segurança aparente a medicamentos e a novas substâncias, embora de forma alguma seja possível avaliar essa segurança. A tragédia com a Taliodomida é conhecida. Aproximadamente um terço de todos os doentes com problemas renais que fazem diálise (ou esperam pela doação de um rim) destruíram sua função renal tomando analgésicos considerados seguros após experiências em animais. Todos os medicamentos retirados do mercado por exigência dos órgãos de saúde foram testados em experiências com animais. Um outro exemplo: o perigoso “buraco de ozônio” sobre a Antártida é causado pelos CFC (clorofluorcarbonetos), que foram considerados seguros após experiências químicas e, também, com animais. A noção errônea de segurança levou a produção e à disseminação desenfreada dessas substâncias, que agora ameaçam a biosfera do nosso planeta.
Experiências em animais, na realidade, tornam as atuais doenças da civilização ainda mais estáveis. A esperança por um medicamento descoberto por meio das pesquisas com animais destrói a motivação para tomar uma iniciativa própria e para mudar significativamente o estilo de vida. Enquanto nos agarramos à esperança de um novo remédio contra o câncer, as doenças cardiovasculares, etc, nós mesmos – e todo o sistema de saúde – não estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades, ou seja o fumo, as bebidas alcoólicas, a alimentação errada, o stress, etc.
Experiências em animais destroem a consciência em relação às espécies, à interdependência e aos ciclos na natureza. Quem é capaz de julgar as conseqüências que os animais manipulados pela biotecnologia trarão para a natureza? Quem é capaz de avaliar a conseqüência de uma fuga de ratos patenteados com câncer, ratos com AIDS, etc?
Durante milhões de anos de evolução, a natureza deu prioridade à saúde e à capacidade de adaptação dos animais. Nós, homens, produzimos animais com doenças congênitas, aperfeiçoados para fins científicos e comerciais.
Ao sistema de pesquisa científica baseado em experiências com animais cabe grande parte da responsabilidade pela crise profunda em que se encontra, sob todos os pontos de vista, a medicina moderna. A medicina atual é cara demais; em muitas áreas é francamente perigosa e – para as doenças realmente importantes da época – é ineficaz. Esses três aspectos estão intimamente relacionados e têm como ponto de partida a visão do homem (uma espécie de biomáquina) desenvolvida a partir de experiências em animais.
Um dos piores danos causados pelas experiências em animais consiste no embrutecimento da cultura médica. Sem levar em conta que a experiência com o homem, o princípio das experiências com animais está afastando a medicina cada vez mais da arte de cura e empurrando-a para uma medicina que conserta e coloca peças. Não precisamos retratar as doenças como algo positivo, mas enquanto encaramos a doença apenas como defeito a ser tecnicamente consertado, perdemos a possibilidade de questionar o sofrimento humano.
Perdemos toda possibilidade de aceitar a doença como algo que tem um sentido, algo pelo qual precisamos passar.

8º Mito: O animal não sofre durante a experiência.

O sofrimento do animal usado nos experimentos já começou bem antes da experiência, quando é confinado, criado e transportado em condições totalmente estranhas à espécie. Não existem experiências toxicológicas inofensivas para o animal! Gostaria de saber como experiências toxicológicas – durante as quais os animais são envenenados de forma mais ou menos rápida – podem decorrer sem tortura e dor. Não existe experiência nas áreas de toxicologia, cirurgia, radioterapia, etc, sem sofrimento terrível para o animal atingido! Ainda hoje a experiência representa para o animal um sofrimento terrível, que normalmente só termina com a morte.

9º Mito: Somente os especialistas sabem avaliar a necessidade, a validade e a importância das experiências em animais.

O mito de que leigos, por falta de conhecimento especializado, não podem opinar sobre experiências em animais proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os vivisseccionistas. Eles têm enorme interesse em trabalhar sem serem observados e incomodados por um público crítico. As experiências em animais, assim como a criação de animais confinados ou a criação de animais para comércio de peles são praticadas com um número infinito de torturas porque os políticos, os legisladores, os teólogos, os filósofos e, principalmente, o homem comum não têm noção do que acontece ou então, têm uma idéia totalmente errada do sofrimento e da miséria desses animais.
Nos últimos anos, porém, os muros do silêncio vêm sendo progressivamente derrubados pela imprensa, pelo rádio e pela televisão. Além disso, os últimos anos trouxeram mudanças importantes: os leigos são apoiados por especialistas e por associações médicas e leigas, nacionais e internacionais, que rejeitam as experiências em animais.
Deixar que os próprios pesquisadores julguem a necessidade e a importância das experiências em animais é semelhante a um parecer sobre alimentação vegetariana feito por uma associação de açougueiros ou a um relatório sobre o significado da energia nuclear elaborado pelos fornecedores de usinas nucleares. Não serão justamente aqueles que estão engajados no sistema de experiências em animais que irão questionar a vivissecção!
De forma alguma é necessário ser um especialista para derrubar este nono mito: apesar de milhões de animais torturados e mortos, a vivissecção não conseguiu obter um resultado frente às epidemias do nosso tempo.

10º Mito: Não é possível abolir as experiências com animais.

Esse mito, sempre apresentado pelos defensores da vivissecção, é um dos pilares que sustentam o sistema das experiências em animais. A afirmação de que as experiências em animais possam, quando muito ser reduzidas a um “mínimo indispensável”, mas jamais completamente abolidas, nos paralisa. Leva a discussões intermináveis, despidas de sentido, sobre a extensão e o tipo de experiências que podem ser substituídas ou descartadas. Esse é um dos motivos pelos quais o movimento dos opositores está tão dividido. Na questão da abolição das experiências, deveríamos verificar como outros erros históricos foram vencidos.
Hoje está claro que a caça às bruxas, a exploração sem clemência dos escravos, a separação desumana de raças constituem crimes que não podem ser eliminados pela redução do número de vítimas ou por etapas. Só podem ser eliminados por mudanças fundamentais, associadas a uma tomada de consciência. Assim, também a vivissecção precisa ser eliminada em sua totalidade, como um caminho prejudicial inaceitável.
As chances de alcançarmos esse objetivo (a abolição das experiências em animais) são hoje maiores do que nunca. O movimento contra vivissecção é visto cada vez mais como parte do movimento ecológico, que se preocupa com os danos gigantescos que o homem comete em sua prepotência. Adversários das experiências em animais estão se aliando a grupos que enfrentam a engenharia genética, criação de animais confinados, a criação de animais para comerciar pele, a morte das florestas ou os perigos da energia nuclear. Todos eles procuram impedir a exploração desenfreada da natureza e concebem o nosso ecossistema como algo muito delicado, uma rede interligada de múltiplas formas.
É muito importante que a motivação para combater as experiências em animais se transforme cada vez mais. Enquanto, antigamente, o animal e o horrendo tratamento estavam no centro da discussão, hoje aumenta a consciência de que o próprio homem é o maior prejudicado com a exploração egoísta do animal. O confinamento dos animais de corte significa, em primeiro lugar, uma terrível tortura para eles, mas logo levou a um aumento considerável das doenças provocadas pela alimentação. As possibilidades da engenharia genética mostram, em primeiro lugar, um inacreditável sangue-frio em relação aos animais manipulados, mas em seguida tornou-se uma ameaça complexa ao equilíbrio ecológico e, através disso, à própria existência do homem.
Assim, hoje entendemos cada vez melhor que a experiência em animais, além de representar um enorme sofrimento para a vítima, contribui – devido a todas as consequências -para a autodestruição do homem.
Se o homem não consegue adquirir um novo nível de consciência da interdependência e das interligações dentro da natureza para desistir voluntariamente de surpresas desagradáveis como a vivissecção, a engenharia genética, a energia atômica…a natureza vai se encarregar de eliminar o homem definitiva e irreversivelmente junto com suas experiências em animais ! Ainda existe escolha. Ainda existe a possibilidade de pôr um fim à exploração desenfreada do planeta com todos os seus seres , de abolir a vivissecção em seu próprio interesse!

Conclusão:

A experiência em animais não representa apenas um método cruel, e por isso mesmo antiético, mas é também destituído de validade científica. No interesse do homem e do animal, precisa ser abolida o mais rápido possível e substituída por métodos racionais e humanos!

Fonte:ANDA

Homem virtual substituirá testes em animais


O Homem Fisiológico Virtual poderá representar o fim dos testes de drogas e medicamentos em animais e até mesmo os testes clínicos em voluntários humanos.[Imagem: AC/IS/M.Abildgaard
O Homem Fisiológico Virtual poderá representar o fim dos testes de drogas e medicamentos em animais e até mesmo os testes clínicos em voluntários humanos.
Esta é a proposta audaciosa de um projeto que reúne 13 universidades europeias e que pretende criar um ser humano virtual tão completo que não apenas o desenvolvimento de medicamentos, mas o próprio ensino da Medicina passará por uma revolução.
Na semana passada, os pesquisadores envolvidos reuniram-se na Universidade de Nottingham, que está coordenando o projeto VPH (Virtual Physiological Human). A reunião de trabalho, que incluiu principalmente médicos e matemáticos, teve como objetivo estabelecer os modelos matemáticos necessários para sugerir soluções para problemas médicos atualmente sem solução.
Esses modelos matemáticos são o primeiro passo para que as diversas partes do corpo humano e as diversas situações pelas quais ele passa possam ser simuladas em computador.

Medicina regenerativa

Nesta primeira etapa os cientistas começaram a modelar vários problemas relacionados à medicina regenerativa, com foco em alguns grupos de células de interesse mais imediato, incluindo as células da pele, bexiga, pulmões, garganta, coração e mamas.
O esforço prosseguirá por aproximações sucessivas, até a construção de um ser humano virtual que leve em conta todo o conhecimento médico – com todas as possibilidades de atualização conforme esse conhecimento avança.
Quando pronto, o Homem Fisiológico Virtual permitirá que os cientistas, médicos e pesquisadores da indústria estudem o corpo humano como um único sistema complexo que leve em conta cada um dos seus detalhes e os interrelacionamentos de cada um dos seus órgãos. Com isto será possível testar medicamentos, avaliar novas técnicas cirúrgicas e desenvolver novos métodos de tratamento.

Objetivos de médio prazo

O projeto tem um orçamento de 72 milhões de Euros, financiados pela União Europeia. Os pesquisadores esperam que os resultados sejam capazes de nada menos do que revolucionar a medicina neste século.
Para isso, eles pretendem incluir a grande massa de dados que está sendo gerada a partir dos estudos genômicos, que avançaram muito depois do sequenciamento do genoma humano. Os avanços na computação e no processamento de dados têm o potencial para criar tratamentos clínicos específicos para cada paciente com base na simulação do perfil genético de cada pessoa.
E isto, afirmam os pesquisadores, não é apenas um objetivo de longo prazo. Eles esperam avanços substanciais neste campo nos próximos 10 anos, incluindo novos tratamentos personalizados para o câncer e para a AIDS.
Fonte: ANDA

Sistema inovador para testes de toxicidade promete combater experimentação animal nos EUA

O químico David Cliffel, da Universidade de Vanderbilt, EUA, recebeu uma doação da Alternatives Research & Development Foundation (Fundação para o Desenvolvimento de Alternativas em Pesquisas em tradução livre) para avaliar o potencial de seu sistema de monitoramento de células avançado que pretende reduzir o uso de animais nos testes de toxicidade.
O sistema criado por Cliffel, que ele chamou de “multianalyte microphysiometer” (micro medidor físico multi analítico em tradução aproximada), representa uma nova solução para os testes tóxicos apresentada em 2007 pelo National Research Council, que propõe métodos que avaliam o efeito das químicas em células humanas e culturas de células ao invés de aplicar testes incertos em animais.
“O fato de nós não podermos prever o que irá acontecer quando injetamos uma substância química em um animal é reflexo do quanto cru e limitado ainda é nosso conhecimento científico básico sobre processos biológicos,” disse Cliffel, que leciona química.
As análises de células feitas hoje em dia costumam testar a toxicidade de forma uni-dimensional: Eles testam para um tipo específico de atividade biológica. Como resultado, eles não conseguem prever efeitos colaterais que as químicas podem causar. O método de Cliffel, ao contrário, pretende usar células humanas como “sensores de toxicidade” que não apenas determinam os danos químicos como também identificam a forma com que ocorrem.
A invenção de Cliffel possui uma quantidade de recipients que contém em média 100.000 células cada em condições que as deixam vivas por muitos dias. Essas células são equipadas com uma bateria de sensores que monitoram seu metabolismo constantemente. Colocando células nervosas em um tubo, células do coração em outro e assim por diante será possível criar um relatório de toxicidade que abrange todo o corpo humano.
Com os U$33,000 recebidos da fundação, Cliffel e seus colegas vão usar o sistema para analisar um remédio contra o câncer que passou pelos métodos celulares convencionais, mas intoxicou alguns chimpanzés. Eles deixarão algumas células imunológicas humanas em contato com a droga e observarão as reações.
“Este sistema tem o potencial de revelar múltiplas reações adversas sobre as drogas de forma muito mais precisa que outros métodos,” disse o químico, entusiasmado.
Fonte: ANDA

Tecnologia permitirá o fim dos testes em animais na indústria de cosméticos e medicamentos

Uma tecnologia que permite aos fabricantes de cosméticos testarem as reações alérgicas dos seus produtos, sem o uso de animais, está em desenvolvimento e pode estar ser usada no próximo ano.
A tecnologia desenvolvida pela Hurel Corp, com financiamento da fabricante de cosméticos L’Oreal, se destina a substituir os testes realizados em ratos e porquinhos-da-índia, para verificar as reações da pele em contato com medicamentos e cosméticos. O dispositivo utiliza o laboratório de produção de células da pele humana para simular a resposta do organismo a produtos químicos. Experimentos preliminares foram bem-sucedidos, mas rigorosos testes ainda são necessários para determinar a precisão da tecnologia.
O método padrão para testar reações alérgicas envolve a aplicação de produtos químicos nas orelhas dos ratos, que são posteriormente mortos e dissecados para estudo.
North Brunswick, da Hurel Corp, disse nesta quinta-feira (13) que espera eliminar a necessidade dos testes em animais, em um anúncio com a gigante dos cosméticos L’Oreal, que forneceu o financiamento para o desenvolvimento da nova tecnologia.
O produto da Hurel consiste em um chip de vidro com células da pele humana e produtos químicos que simulam o sistema imunológico do corpo. Quando uma substância estranha é colocada no chip, as células e substâncias químicas interagem para imitar a resposta alérgica natural do corpo humano.
Embora o produto ainda esteja em desenvolvimento, os funcionários da Hurel dizem que um protótipo deve estar disponível no segundo semestre do próximo ano. Além dos cosméticos, a tecnologia poderia ser usada para testar produtos de limpeza e pesticidas.
O chefe executivo da Hurel, Robert Freedman, disse que é muito cedo para estimar o preço ou a quantidade do chip que será vendida, mas ele espera cerca de 2 bilhões de dólares ao ano para o mercado de testes sem o uso de animais.
Assim como outras empresas na indústria de cosméticos, a L’Oreal está preocupada com o desenvolvimento de alternativas de testes para cumprir com as leis da União Europeia, que regulam o fim dos testes em animais em 2013.
A L’Oreal tem diminuído o uso de testes em animais ao longo dos anos, mas ainda depende da técnica para testar certas substâncias químicas.
“Eu dou crédito à L’Oreal por estar disposta a explorar este tipo de oportunidades”, disse o Dr. Charles Sandusky, do Comitê de Médicos pela Medicina Responsável. “Esta é a primeira vez que vejo o sistema imunológico ser imitado sem o uso de um componente animal.”
Uma porta-voz da L’Oreal disse que a empresa tem feito grandes investimentos em procedimentos que não utilizem animais há mais de 25 anos, mas se recusou a especificar o quanto foi gasto no desenvolvimento do chip da Hurel Corp.
A Hurel Corp. é livre para licenciar a tecnologia para outras empresas, uma vez que tenha sido provada a eficácia da tecnologia.
Sandusky, um toxicologista da Agência de Proteção Ambiental, estima que a tecnologia da Hurel Corp, se aplicada com sucesso, pode eliminar o uso de dezenas de milhares de animais em testes por ano.
Por essa razão, o grupo pelos direitos animais PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) pretende conceder à empresa um prêmio pelo desenvolvimento da tecnologia. O grupo está acompanhando as pesquisas da empresa.
A Hurel Corp. foi fundada em 2005 e tem um outro produto em desenvolvimento: um ensaio de toxicidade hepática. As indústrias farmacêuticas testam em animais os efeitos dos seus medicamentos no fígado antes de serem submetidos para aprovação dos órgãos reguladores. Esse produto desenvolvido pela Hurel Corp. também colocaria um fim a esse teste feito em animais.
Além de eliminar o sofrimento dos animais, o chefe executivo da Hurel, Robert Freedman, estima que a nova tecnologia reduza cerca de 100 milhões de dólares para cada 1 bilhão de dólares usados no desenvolvimento de um novo medicamento.
Fonte : Site ANDA

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Uma nova alternativa para testes com animais


Muitos detestam a ideia de testar produtos de uso comercial e remédios, mas temem erguer a voz e serem taxados de extremos.

Mesmo assim, quando a universidade de medicina do Arizona, EUA, anunciou a construção de um laboratório para testes em animais no centro de Phoenix, alguns alunos ergueram sim suas vozes. Aqueles preocupados com os direitos dos animais disseram que muitos dos testes que acontecem são inúteis e extremamente cruéis.

Muitos animais podem ser poupados no futuro graças a desenvolvimentos científicos na área de pesquisa. Mas não se não dermos uma chance aos novos métodos.

Em vez de construir um laboratório de testes em animais, não seria muito mais revolucionário começar uma pesquisa sem criar e experimentar em seres vivos?

A Humane Society dos Estados Unidos citou um progresso recente na área de testes toxicológicos sem uso de animais, um método que vem ganhando fama, o de cultura de células. Considerando que os animais que maior parte dos laboratórios estudam, ratos e camundongos, principalmente, são bem diferentes dos humanos, tecnologias baseadas em células humanas prometem um resultado muito mais acurado de como uma droga iria interagir com o corpo humano. Também existe a possibilidade de no futuro os humanos que testariam os produtos possam tomar doses bem menores.

A tecnologia existe, e seria bem mais desenvolvida se os cientistas não tiverem se prendendo a testar em animais. O governo e códigos de saúde pedem a continuidade dos testes em animais.

O porta-voz da universidade de medicina do Arizona, Al Bravo, disse que o novo laboratório de pesquisas irá fazer testes em roedores na busca por câncer, doenças cardiovasculares e neurológicas. Ele disse que a universidade tem um padrão em como cuidar dos animais. Mesmo assim, milhares morrem ou vivem vidas terríveis.

Imagine nascer numa caixa, ser perfurado por agulhas, talvez pegar doenças e ser largado para morrer (ou miraculosamente se recuperar para sua vida maravilhosa). Enquanto a cena já é difícil para muitos de nós que não consideram animais seres emotivos, é muito mais difícil para quem já conheceu ou convive com um animal.
Quando eu era criança, eu tinha um ratinho de estimação. Ela era um animal inteligente, que me reconhecia pela aparência e cheiro. Ratos de laboratório não seriam tão diferentes se não fossem confinados para as vidas vazias que levam.

A conexão humano-animal não existe para maior parte da população- vamos encarar isso, a mente egoísta do ser humano continuará existindo.

Entretanto, a possibilidade de métodos alternativos de pesquisa deveria causar no mínimo certa curiosidade.

Universidades deveriam estar buscando mudanças e estímulos intelectuais, não lugares para métodos velhos que automaticamente ditam como conduzir futuras pesquisas.

Fonte: ANDA

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aconteceu numa praça, no Japão.

Aconteceu numa praça, no Japão.
Não se sabe como o pássaro morreu.

Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida.

Seria um fato corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.
A solidariedade
Segundo o relato do fotógrafo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo que se colocava bem próximo.

A solicitação
Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado.
Só então a ave solidária levantou vôo e, atrás dela, todo o bando.
A despedida

As fotos traduzem a seqüência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.
Uma questão de amor e carinho
Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito.
Um grito de dor e lamento

Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.
Mas, agora, me respondam: Serão os animais realmente os irracionais?

Ajuda aos animais no Haiti

Fiquei muito surpresa e feliz com a notícia de que se preocuparam e ampararam os animais após a tragédia no Haiti.
Seguem abaixo três reportagens do site WSPA.

Terremoto no Haiti também afeta os animais
Jan 14, 2010


O mundo está respondendo ao desastre no Haiti. Pessoas de vários países estão se unindo para ajudar da forma que podem. As vítimas animais desse desastre também estão precisando de ajuda emergencial e, por isso, grupos de proteção animal estão unindo forças para socorrê-los.
A WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal e o IFAW - Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal irão trabalhar juntos em campo para ajudar os animais do Haiti. Por meio da Coalizão de Ajuda aos Animais do Haiti (ou ARCH, no original Animal Relief Coalition for Haiti) irão prestar a assistência necessária. Todas as organizações de proteção animal estão convidadas a se juntar à ARCH e dar seu apoio à coalizão.
Nossas equipes irão trabalhar com uma clínica móvel doada pela Sociedade Humanitária de Antigua e Barbuda. A WSPA e o IFAW estão levantando fundos para equipar essa clínica móvel. Ela será enviada por navio de Antigua para a afiliada WSPA chamada Sociedad Dominicana para la Protección de Animales (SODOPRECA), na República Dominicana, para que ela então cruze a fronteira e entre no Haiti.


Governo do Haiti pede ajuda à WSPA
Jan 22, 2010

A WSPA está no comando da Coalizão de Ajuda aos Animais do Haiti (ARCH, sigla em inglês), equipe composta por vários grupos internacionais que trabalham pelo bem-estar animal, preparando-se para embarque depois do pedido de ajuda imediata dos haitianos.
Após discutir com representantes do governo a situação desesperadora em que se encontram os animais no Haiti, a WSPA foi solicitada a enviar funcionários em caráter de emergência “o mais rápido possível”.
Em resposta, Gerardo Huertas, Diretor da WSPA para o Gerenciamento de Desastres nas Américas, desembarca no próximo sábado dia 23, com toda a equipe da ARCH.
– A equipe está preparada para cuidar de animais de companhia, assim como de animais de criação que encontrarmos nas proximidades de Porto Príncipe.
Ajuda necessária
Em sua carta à WSPA, o Diretor de Inspeção e Vigilância Ambiental do Haiti ressaltou a necessidade imperiosa e imediata da presença de profissionais que cuidem do bem-estar animal na ilha.
– Devido à magnitude do desastre sofrido pelo Haiti, que colocou o país em alto risco de disseminação de doenças infecto-contagiosas e possíveis surtos de epidemias animais, tanto o Departamento de Agricultura como o de Meio ambiente concordam que a ajuda da WSPA é muito importante. Ambos sugerem que a WSPA envie uma missão para o Haiti o mais rápido possível.
Disponibilidade imediata
– Nos últimos dias, a equipe altamente treinada para situações de emergência da WSPA esteve se preparando para tal oportunidade, disse Gerardo Huertas.
– Já separamos o equipamento e os medicamentos que imaginamos serem necessários para ajuda no Haiti e estamos voando para Santo Domingo hoje, para de lá partir para Porto Príncipe o mais rápido possível.
Huertas explica a importância da carta recebida do Departamento de Meio ambiente: – Esse pedido oficial recebido dos haitianos me deixa ainda mais confiante de que nós e nossos colegas, num esforço coordenado pela ARCH, estaremos muito em breve no Haiti, prontos a fazer uma avaliação in loco da situação.
Trabalhando juntos pelos animais
A WSPA e o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW) uniram-se para criar a ARCH pouco depois do terremoto que devastou o Haiti no último dia 12 de janeiro.
Estamos unindo os nossos esforços ao de outros colegas que atuam em prol do bem-estar animal para assegurar dois objetivos: que as organizações que estão respondendo ao chamado do Haiti nesta hora de necessidade trabalhem juntas e que a ajuda emergencial seja levada ao maior número de animais possível, o mais rápido possível.


Ajuda aos animais chega ao Haiti
Jan 26, 2010


Uma coalizão de grupos de proteção animal chegou ao Haiti para prestar ajuda aos animais que foram atingidos pelo terremoto. A equipe representa a “Coalizão de Ajuda aos Animais do Haiti” (ARCH, sigla em inglês), criada especificamente para lidar com a crise no país e liderada pela WSPA e pelo IFAW – Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal.
A equipe da ARCH se reuniu com funcionários do governo haitiano e com organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas. O objetivo foi definir os problemas mais urgentes em relação aos animais, bem como identificar opções para um plano de longo prazo, que inclui a criação e a melhoria da infra-estrutura de cuidados veterinários, um programa de vacinação em grande escala e serviços de controle da população animal.
Segundo o diretor de Ajuda Emergencial do IFAW, Ian Robinson:
– A condição desses animais antes do tremor de terra já não era boa, sendo assim, não basta apenas voltar à situação anterior. Precisamos fornecer alívio imediato para os animais, mas também desenvolver planos de longo prazo com duração satisfatória.
Gerardo Huertas, diretor de Gerenciamento de Desastres para as Américas da WSPA, descreveu as condições do Haiti após o terremoto:
– Onze dias depois do terremoto, nos deparamos com uma cidade em ruínas. Felizmente, encontramos diversos membros do governo que têm demonstrado profundo interesse em trabalhar juntamente conosco, eles estão comprometidos em nos fornecer o apoio que precisamos para realizar nosso trabalho.
Em reunião com a equipe da ARCH, no último domingo (24/01), também o ministro do Meio Ambiente do Haiti, Jean Marie Claude Germain, deu seu apoio ao trabalho desenvolvido pela Coalizão:
– Até agora, os planos do Ministério estavam focados em impedir o desflorestamento e em proteger as reservas de água. Nós não tínhamos considerado incluir os animais nos planos de trabalho até então, mas temos que considerar que será bom fazer essa inclusão. Também é importante discutirmos a necessidade de um programa de vacinação, a fim de evitar a propagação de doenças entre as populações de animais.
Bem-Estar animal no Haiti
Segundo estimativas do governo do Haiti, apenas cerca de 100.000 cães haitiano, de uma população estimada em 500.000, foram vacinados contra a raiva no ano passado. Além disso, o governo haitiano enfrenta a falta de medicamentos e vacinas para proteger suínos, bovinos e outros animais contra doenças como o antraz e a peste suína clássica.
O ministro do Haiti de Produção Animal, Dr. Michel Chaney, falou da urgente necessidade de uma campanha de vacinação:
– Enfrentamos agora um elevado risco de doenças, razão pela qual é importante iniciar uma campanha de vacinação o mais rápido possível. A primeira remessa de medicamentos e equipamentos necessários para o tratamento dos animais deve chegar hoje (25/01) a Porto Príncipe.
A maioria dos membros da ARCH voltou para Santo Domingo (República Dominicana) a fim de reunir material para o próximo exercício, de ajuda emergencial. A equipe, além de continuar sua avaliação nas áreas de Porto Príncipe, também realizará, em cooperação com o governo haitiano, trabalho veterinário.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Homem mata 33 cães para se vingar da morte do seu na Nova Zelândia

Terrier teria morrido em briga com os animais do vizinho do dono.
Oito filhotes esconderam-se em garagem e conseguiram sobreviver.
Um neozelandês matou a tiros 33 cachorros que seu vizinho mantinha presos em jaulas e carros abandonados para vingar a morte de seu fox terrier, em um dos maiores casos de crueldade contra animais na história do país da Oceania, informa nesta sexta-feira (29) a imprensa local.
Russel Mendoza entrou com um amigo na propriedade de Rowan Hargreaves, na localidade de Wellsford, norte do país, e oobrigou a assinar um documento que dava permissão para disparar contra seus cachorros, já que estava convencido de que seu animal de estimação tinha morrido em uma briga com os cães de seu vizinho.
Hargreaves disse à imprensa que Mendoza e seu acompanhante tinham uma espingarda de calibre 22 e uma escopeta calibre 12 e dispararam contra os animais, incluindo filhotes com poucas semanas de vida.
Quando a polícia chegou ao local, viu dez cadáveres de cães adultos e 23 de filhotes esparramados pelo chão, disse Hargreaves ao jornal neozelandês "New Zealand Herald".O proprietário dos animais disse que oito filhotes se esconderam em uma garagem e escaparam do massacre. A agência de proteção de animais no país não decidiu ainda se irá acusara Mendoza e seu amigo. A polícia informou que um deles - não destacou qual - não tem permissão para uso de armas e será autuado.
Fonte: Globo.com

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

China pode proibir restaurantes de servir carne de gato e de cachorro

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/1,,EMI118339-16418,00.html
Grupos de proteção dos animais aumentam a pressão junto ao governo chinês para que coloque em vigor uma proibição nacional para que estabelecimentos deixem de servir esse tipo de carne
Por Época NEGÓCIOS Online

A partir de abril, os turistas curiosos e de estômago forte não deverão mais encontrar no cardápio dos restaurantes da China opções “exóticas” com carne de cachorro e de gato. Autoridades chinesas vão apresentar propostas para proibir completamente a degustação de pratos que levem esse tipo de carne na preparação. O governo está preocupado com a pressão cada vez mais intensa de grupos ativistas dos direitos dos animais, que consideram um horror o espetáculo de chineses e turistas provando carne de bichanos e lulus.

Se a nova regulamentação for aprovada, milhares de restaurantes e de açougues poderão fechar as portas. Mais: qualquer pessoa (turista ou local) que seja pega comendo carne de cachorro ou de gato terá de pagar uma multa de 5 mil yuanes, o equivalente a R$ 1.380, ou encarar 15 dias na prisão.

Os restaurantes que desobedecerem a proibição do governo incorrem na possibilidade de uma multa de 500 mil yuanes, ou R$ 135.800. A polícia contaria, inclusive, com uma linha para atender a denúncias anônimas.
Um rascunho da legislação foi apresentado em setembro do ano passado para que o público pudesse opinar a respeito. Segundo Chang Jiwen, integrante da Academia de Ciências Sociais da China, uma organização do governo que vem trabalhando há 11 anos na criação de uma legislação que proiba o consumo de carne de cachorro e de gato, o principal objetivo da lei é impedir a tortura de animais, disse ele ao jornal britânico “The Daily Telegraph”.

A carne de cachorro, que é conhecida na China como “carne com aroma”, tem sido consumida há milhares de anos. Inicialmente, os chineses acreditavam que a carne desse animal possuía características medicinais e era boa para a saúde. Nas regiões do norte do país, a carne de cachorro é usada na preparação de um cozido muito popular que, dizem, ajuda a aquecer o sangue.

Já a carne de gato tem se tornado cada vez mais popular no sul da China. Uma sopa, batizada de “Dragão e Tigre em Luta”, leva carne de gato e de cobra, e está se tornando uma das iguarias mais pedidas na cidade de Guangzhou. O sucesso é tanto que os gatos usados nesse prato estão sendo importados de outras províncias para dar conta da demanda.

Apesar disso, a pressão para acabar com essa comercialização também vem da classe média, cada vez mais afeita aos hábitos ocidentais de adotar animais de estimação e tratá-los como “criaturas especiais”. Na internet, circulam milhares de abaixo-assinados pedindo a proibição de açougues de carne de cachorro e de gato. Também aumentam os protestos em mercados de rua que vendem essas carnes. Alguns segmentos da sociedade preferem pedir que os animais sejam sacrificados do que comercializados como carne para a população.
Analistas chineses acreditam, porém, que ainda deve levar muito tempo para que o governo aprove definitivamente uma lei contra a comercialização e consumo de carne de cachorro e de gato. O conselho reúne-se em março para apresentar suas propostas, mas o Comitê dos Assuntos Pendentes já expressou oficialmente dúvidas sobre a necessidade de passar esse tipo de lei.

Considerações sobre a vida.



Inicio este texto com a intenção de auxiliar os nossos irmãos menores, tão necessitados do nosso amparo e da nossa compreensão. Além disso, tentar contribuir com a aceleração do processo de esclarecimento sobre as verdades Divinas no que diz respeito aos animais, a natureza, a vida como um todo.
Ao longo da minha vida sempre amei os animais. A princípio tinha medo de ser comida por um cachorro, arranhada por um gato ou devorada por um tubarão. O tempo se passou e eu descobri que sou medrosa mesmo. Não tenho mais medo de cachorros, gatos e outros animais (com exceção de tubarões), mas de todo o resto.

Deus, em sua infinita bondade, nos criou. O homem, em seu infinito egoísmo, acha que nós somos os únicos agraciados por Deus com a oportunidade de evoluir.
A pretensão e ignorância do homem são tão grandes que ele acha que “cria” outros seres, “inventa” novas tecnologias. Não lembrando que se Deus não permitir que o sopro da vida chegue até aquele corpo ou que a inspiração divina alcance os nossos ouvidos, nada acontece.
Além de não sermos os melhores entre toda a criação divina na Terra, também, a Terra, não é a única que Deus contemplou com a oportunidade da vida. Mas vamos começar devagar. Já é tão difícil o homem respeitar e amar seus irmãos da Terra... Quem dirão extraterrenos.
Para começar, Deus não é vingativo e nem cruel, mas justo, bom e misericordioso. Em sua infinita bondade, justiça e misericórdia, não seria sensato se acreditar que Ele criou tudo (animais, natureza, etc.) para nos satisfazer. Assim como não criou pessoas mais burras e mais pobres para satisfazerem (serem escravas) pessoas mais abastadas em inteligência e bens. Seguindo este raciocínio, e tendo a certeza de que concordarão com a afirmativa acima, não existe sentido em explorar os animais e todos os recursos naturais, já que eles são criaturas de Deus e devem ter os mesmos direitos ao respeito e ao progresso que os homens, mesmo tendo menor independência e menor capacidade de aprender.
Segundo a Doutrina Espírita, as demais criações divinas se diferem dos homens apenas no que se refere à experiência e ao tempo. Todos estão submetidos à Lei do Progresso. Então, o que faz pensar que os homens são superiores? Nada mais do que o egoísmo e a ignorância.


Bastam alguns minutos com um animal para enxergar suas particularidades, variáveis dentro da espécie, de um indivíduo para o outro. Desde os insetos até os mais inteligentes mamíferos. Nas espécies vegetais e minerais a individualidade é menos perceptível, mas existente. Logicamente, que devem ser levadas em consideração as diferenças de grau evolutivo. O cachorro apresenta maiores particularidade em sua personalidade que um jacaré, mas a individualidade existe.
O espírito adquire o direito de um corpo material tão complexo quanto maior for seu grau evolutivo (evolução moral e intelectual). Portanto a sua capacidade de aprender (inteligência) está relacionada com as possibilidades que o seu corpo proporciona, pois o corpo material (aquele que utilizamos em cada encarnação) limita mais ou menos suas possibilidades de aprendizagem e, portanto, suas experiências. Para exemplificar, o tamanho do cérebro influencia na capacidade de aprender. Ter ou não ter mãos com dedos, influencia nas possibilidades de experiências. E assim sucessivamente.


Análises genéticas comprovaram que o DNA de um ser humano e um verme se difere em apenas alguns genes. Ou seja, a pouquíssimo tempo agregamos genes suficientes para deixarmos de ser vermes e virarmos humanos.
Imaginemos nós, com menor capacidade de aprender e menor autonomia, sendo submetidos a testes com produtos químicos extremamente tóxicos em diversas partes do nosso organismo, simplesmente não podendo fazer nada por estarmos amarrados. Ou então presos em gaiolas, ou jogados em rinhas, ou puxando carroças pesadíssimas, ou sendo abatidos para alimentação alheia, ou utilizados (vivos) para estudo em universidades, ou mesmo sendo submetidos a maus tratos diversos.
Estas situações acontecem o tempo todo, e pior é que quem faz isso acredita que está fazendo algo que Deus assina em baixo.


Deus sabe (e sabe mesmo, por foi ele quem nos criou) que nós temos a capacidade de utilizar meios mais adequados para nossas finalidades diversas, assim como Ele sabia que nós não precisaríamos usar escravos para trabalhar para nós, ou que não precisaríamos ficar meses em um navio para atravessar um oceano. Mas tudo isso é resultado do capitalismo a que nós fomos “habituados”, para não dizer ignorância, avareza, ambição. Quando algo é caro demais, o jeito é explorar o mais fraco.
Para finalizar lembro que do átomo ao anjo há espírito, e onde há espírito há evolução. Portanto devemos respeitar a todos. O teu próximo, como disse Jesus (Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo), é qualquer um, até mesmo um átomo. E até mesmo o seu corpo (“... como a ti mesmo.”), que é o habitat de milhões de seres microscópicos, deve ser respeitado. Suas próprias células são outros indivíduos. Para entender melhor, pense na Terra como um indivíduo e que nós somos suas células. Ela está doente por nossa causa. O remédio que ela está tomando são as catástrofes naturais que eliminarão sua enfermidade, ou seja, as células que comprometem sua saúde.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vivissecção, dissecação e testes em animais


O que é a vivissecção?

Vivisecção define-se como o acto ou a prática de fazer experiências em animais vivos, geralmente sem recorrer a qualquer tipo de anestesia. O termo vivissecção é usado para englobar as várias categorias científicas e procedimentos médicos feitos em animais, incluindo: testes de medicamentos e outros produtos químicos, pesquisa biomédica, ou a criação e morte de animais direccionadas para retirar e usar partes, tais como válvulas cardíacas ou órgãos.

Dissecação (visada para o ensino)

Quando nos anos 20 (1920) a dissecação foi introduzida no currículo educacional, foi considerada um bom método de aprendizagem para o estudo da anatomia, fisiologia e da teoria da evolução. Hoje em dia encontram-se disponíveis métodos de ensino sofisticados que substituem a dissecação, salvando milhares de animais.
Mas a dissecação é um enorme negócio. Milhões de animais são mortos todos os anos para serem dissecados em experiências com fins educativos. Muitos destes animais, como rãs, minhocas, lagostins, percas, etc., são retirados dos seus habitats naturais e ecossistemas inteiros ficam ameaçados. Muitos animais são submetidos a uma crueldade e sofrimento inacreditáveis até se tornarem “espécimens para dissecação”. Os cães e gatos que se encontram abandonados ou em canis, ratos, coelhos e porquinhos-da-índia são levados para locais que colaboram com escolas e universidades, onde vão ser atordoados e posteriormente aprisionados por um sistema onde lhes vai ser injectado, ainda conscientes, formol. Esta substância, que serve para preservar, quando introduzida no corpo dos animais equivale à introdução de água a ferver.
Cada vez mais alunos se recusam a fazer dissecações, propondo aos professores livros, vídeos e modelos de plástico e informáticos. Todos os alunos têm o direito a exprimir o seu desagrado por estas experiências; se na tua escola ou faculdade são usados animais em experiências, fala com os teus professores, propõe alternativas e reúne-te com os teus colegas para mostrarem o vosso desagrado.


Testes em animais


Os animais são submetidos à exposição de substâncias químicas e radioactivas, privados dos seus habitats naturais (capturam-se para este propósito), passam por privações sociais, são introduzidos nos seus organismos venenos e outras substâncias, são queimados, electrocutados, afogados, cegos, incapacitados - tudo sem anestésicos. Para as empresas que testam em animais, estes são um meio barato e rápido de fazer dinheiro (estimam-se biliões de dólares por ano).
Em Portugal, também se fazem testes em animais, nomeadamente no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, nas estações zootécnicas do Ministério da Agricultura, nas faculdades de medicina, medicina veterinária, ciências, farmácia e psicologia, nalgumas instituições de investigação científica e, em alguns casos, nalguns laboratórios comerciais. Em Portugal, a protecção legal destes animais é ainda mais reduzida e a fiscalização ainda mais deficiente do que noutros países evoluídos.


Testes mais comuns


Teste Draize de irritação dos olhos

Diversas substâncias são introduzidas nos olhos de coelhos e outros animais, causando frequentes e dolorosas ulcerações. É comum nos testes de cosméticos.


Teste da dose letal

Os animais são forçados a ingerir substâncias para ver qual o efeito no seu organismo. A dosagem da substância vai diminuindo até que morra apenas uma pequena percentagem de animais, mas antes que isso aconteça milhares de animais são sacrificados. É comum nos testes de produtos de limpeza.

Teste de irritação dermal

O pêlo dos animais é raspado e a pele sensibilizada. São aplicadas substâncias na pele (ultra-sensível) dos animais. Ratos, coelhos, primatas, cães, gatos, porcos, camundongos e porquinhos-da-índia são os animais mais procurados e usados para estes fins. É comum nos testes de cosméticos.

Testes de colisão

Os animais são lançados contra paredes de cimento. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são despedaçados e mortos nesta prática. São comuns nos testes de viação.

Testes de toxidade alcoólica e tabaco

Os animais são obrigados a inalar fumo e a embriagar-se, para que depois sejam analisados e dissecados.

Testes neurológicos e comportamentais

Aos primatas, como chimpanzés, babuínos e macacos, são colocados eléctrodos nos seus cérebros (sem anestesia) e são-lhes infligidos danos cerebrais graves e irreversíveis (paralisantes e incapacitantes), para que os cientistas possam analisar o efeito de medicamentos, chips e descargas eléctricas. Os estudos comportamentais incluem: privação da protecção materna; privação social na inflicção de dor, ou seja afastar os animais da convivência de outros, para a observação do medo; o uso de estímulos adversativos, como choques eléctricos para aprendizagem; e a indução dos animais a estados psicológicos stressantes, como o afastamento das crias recém-nascidas das suas mães, por exemplo. Estes testes são comuns nas áreas de neurologia, neurocirurgia, neurofisiologia e psicologia comportamental. Como resultado destes testes muitos animais ficam profundamente deprimidos, enlouquecem e auto mutilam-se.

Testes bélicos

Os animais são submetidos a radiações e produtos de armas químicas e biológicas, assim como a descargas de armas tradicionais. São expostos a gases e baleados na cabeça, para o estudo da velocidade dos mísseis e projécteis.

Testes dentários

Os animais são forçados a manter uma dieta nociva à base de açúcares, e a manter hábitos alimentares errados para, no final, adquirirem cáries, terem as gengivas descoladas e a arcada dentária removida.

Testes médico-cirúrgicos

Milhões de animais são mortos nas cirurgias das faculdades de medicina.


Como intervir?

Cada vez que compras um produto testado em animais, estás a contribuir financeiramente para que ocorram mais pesquisas deste género.

Mas as pesquisas em animais não são necessárias para garantir que o produto é seguro?

O facto de terem sido testados em animais não implica que os produtos sejam mais seguros. Em relação aos de testes de cosméticos, por exemplo, já se conhecem os ingredientes e as suas acções nos humanos. Por isso é que tantas empresas pararam de usar animais (mais de 500). Quanto aos medicamentos, os testes nos humanos são a única forma de garantir que o medicamento é seguro, pois todos os animais (humanos e não humanos) diferem uns dos outros, e os resultados eficientes nalgumas espécies são fatais para outras.


Alternativas

Estudos clínicos, pesquisas in vitro, autópsias, acompanhamento do efeito de medicamentos após o lançamento no mercado, modelos computadorizados, pesquisas genéticas e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos sem terem de ser sacrificados animais. Podes ver aqui mais alternativas aos testes em animais:
http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=41


Empresas que não testam em animais: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=43
Empresas que testam em animais: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=42


Referências:
http://www.vivisectioninfo.org/
http://www.apasfa.org/futuro/right.shtml

Você é estudante e não quer matar animais em sua universidade?


Junho 28, 2009

fonte: www.internichebrasil.org

A InterNICHE é uma rede ampla e diversa de estudantes, professores e outras pessoas afins. A rede enfoca o uso de animais e as alternativas a este uso, na educação em ciências biológicas, médicas e veterinárias.

Não existem filiad*s, mas uma associação livre de pessoas que tenham um interesse no tema da educação ética, humanitária e moderna. A InterNICHE trabalha em parceria com qualquer indivíduo, grupo ou instituição que compartilhe dos objetivos comum desta rede: a substituição total do uso prejudicial de animais e o investimento em uma educação científica de compromisso ético e que contribua para a humanização dos profissionais das diferentes áreas.

A InterNICHE começou em 1988 como EuroNICHE, e se transformou em uma rede global no ano de 2000.

A tomada de decisões dentro da rede é democrática e consensual, e conta com um comitê de contatos nacionais. Os trabalhos internacionais são coordenados pelo coordenador, e nacionalmente pelos representantes dentro dos 34 países onde a InterNICHE vem atuando. Um grupo de apoio internacional é sempre consultado pelo coordenador, que guia e mantém a rede.

Entre muitos projetos nacionais e internacionais, a InterNICHE produziu um vídeo sobre alternativas, onde professores de várias disciplinas demonstram as alternativas que utilizam em seus cursos. Este vídeo está disponível em aproximadamente 20 línguas.

A segunda edição do livro ‘from Guinea Pig to Computer Mouse’ vem com a descrição de cerca de 500 alternativas projetadas para uma educação científica de maior qualidade e mais ética. Também enfoca os objetivos educativos em detalhe, e levanta diferentes abordagens pedagógicas.

A rede oferece ainda um serviço de empréstimo de alternativas – uma coleção de produtos disponíveis para empréstimo em qualquer parte do mundo, assim como literatura, apoio e orientação para professor*s e estudantes. E em conferências periódicas da InterNICHE, pode-se conhecer conferencistas internacionais em educação humanitária, experimentar alternativas, e conhecer pessoas interessadas ou envolvidas em inovação e transformação curricular.

A InterNICHE é uma rede sem finalidades lucrativas que depende de doações para suas atividades.

INTERNICHE BRASIL

No Brasil, a InterNICHEBrasil surgiu a finais de 1999, com a proposta de contribuir na divulgação de informações sobre métodos alternativos ao uso didático e prejudicial de animais nas universidades brasileiras.

Acreditamos que o uso didático de animais (na forma de vivissecção ou dissecção) representa uma forma questionável de obtenção de conhecimento, que coloca em risco não somente a integridade física e/ou psicológica de animais, como também em muitos casos a integridade moral, religiosa e/ou psicológica daqueles que passam por ela. (Leia nossa crítica ao uso de animais)
Acreditamos também que uma das causas principais da continuidade destas práticas é a falta de informação e discussão a respeito do tema. Aqui a InterNICHE Brasil tem uma função essencial, por tratar-se da primeira rede brasileira que se dedica especificamente à questão do uso de animais no ensino universitário (no Brasil, o uso de animais no ensino primário ou secundário é ilegal desde 1979).

Promover uma educação que não exija o sacrifício de animais, através da implementação de alternativas, e criar um ambiente de discussão ética saudável são os principais objetivos daInterNICHE Brasil, que procurará servir como uma fonte de troca de informações e experiências para professor*s e estudantes que compartilhem dos mesmos objetivos.

Procuramos trabalhar com professor*s e estudantes em universidades brasileiras, estimulando a busca por informações sobre alternativas, como também acompanhando casos deobjeção de consciência entre estudantes que manifestam qualquer tipo de posição contrária a prática do uso de animais.

visite: www.internichebrasil.org

Fígado artificial vai substituir testes de medicamentos em animais


Pesquisadores alemães desenvolveram um modelo biológico do fígado capaz de funcionar fora do corpo humano, tornando-se uma ferramenta importante para o teste de novos medicamentos.

Além dos aspectos éticos crescentemente levantados contra o uso de animais para a pesquisa de medicamentos, cada vez mais os cientistas admitem que ratos e camundongos quase nunca são modelos adequados para o teste de remédios para uso por seres humanos – veja a reportagem Genoma do camundongo mostra deficiências de seu uso como modelo animal.

“Nosso órgão artificial tem por objetivo oferecer uma alternativa aos experimentos com animais,” diz a professora Heike Mertsching, do Instituto Fraunhofer, que desenvolveu o fígado artificial em conjunto com sua colega Johanna Schanz.

“Particularmente, humanos e animais têm metabolismos diferentes. 30% de todos os efeitos colaterais aparecem apenas nos testes clínicos, quando os medicamentos são dados a humanos,” diz a pesquisadora.

Fígado artificial

O modelo de fígado artificial possui um sistema próprio de vascularização, criando um ambiente natural para o crescimento das células. As células humanas foram colocadas sobre a estrutura de vasos sanguíneos de um pedaço de intestino de porco. Todas as células do animal foram retiradas, mas os vasos sanguíneos foram preservados.

As pesquisadoras usaram células humanas responsáveis pela quebra e transformação dos medicamentos, chamadas hepatócitos, e células endoteliais, que agem como uma barreira entre o sangue e as células dos tecidos.

A fim de simular o sangue e a circulação, os pesquisadores colocaram o modelo em um biorreator controlado por computador, dotado de uma bomba tubular flexível. Isto permite que os nutrientes circulem, sendo injetados e retirados da mesma forma como ocorre no sistema de veias e artérias do corpo humano.

“As células ficam ativas por até três semanas,” dizem as pesquisadoras. “Esse tempo foi suficiente para analisar e avaliar as funções. Mas é possível alcançar um período maior de funcionamento.”

Tecido para transplantes

As duas cientistas verificaram que o modelo biológico artificial funciona de forma similar ao fígado humano, quebrando as moléculas dos medicamentos, retirando os compostos tóxicos e fabricando proteínas.

Estas são pré-condições importantes para a realização de testes de medicamentos ou mesmo para um futuro uso dos tecidos artificiais em transplantes, na medida que o efeito de uma substância pode mudar quando ela é transformada ou quebrada quimicamente – muitos medicamentos somente são metabolizados em suas formas terapeuticamente ativas no fígado, enquanto outras podem desenvolver substâncias tóxicas.

As pesquisadoras já demonstraram as possibilidades básicas para o uso do seu modelo com vários tipos de células, incluindo fígado, pele e intestino. Os testes continuarão e elas afirmam que seu fígado artificial poderá se tornar uma alternativa aos experimentos com animais dentro de dois anos.

Lula sanciona lei que regula uso de cobaias no Brasil

Da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (8) a lei que regulamenta o uso de cobaias em pesquisas científicas no país --o texto foi publicado nesta quinta-feira (9) no "Diário Oficial da União". O estabelecimento dessa legislação era uma reivindicação de grande parte dos cientistas, já que até agora não havia uma norma nacional que indicasse claramente os limites da prática.

O projeto de lei sobre o assunto, conhecido como Lei Arouca, tramitou no Congresso por cerca de 13 anos, até ser aprovado pela Câmara em maio e pelo Senado em setembro deste ano.

Com a sanção de Lula, a lei promete acabar com disputas locais sobre o assunto, como aconteceu recentemente em Florianópolis e no Rio.

Controle

O texto prevê a criação do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), que vai regulamentar o uso de animais para pesquisa e estabelecer as normas e critérios éticos.

O órgão será presidido pelo Ministro de Ciência e Tecnologia e integrado por representantes de outros ministérios e de órgãos como a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e o Cobea (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal).

Até hoje, a função de estabelecer os parâmetros para a experimentação animal ficava a cargo das comissões de ética de universidades e instituições de pesquisa. Caso esses órgãos não tivessem sido instituídos, as decisões cabiam a cada cientista individualmente.

A lei também obriga as instituições de pesquisa que quiserem utilizar cobaias a instituir um Ceua (Comissão de Ética no Uso de Animais), que vai regular a prática em cada local. Além de especialistas como médicos e biólogos, representantes de entidades protetoras dos animais também devem fazer parte desses órgãos.

Dor

Entre as normas estabelecidas também está a aplicação de analgésicos ou anestesias que aliviem o desconforto das cobaias durante os procedimentos. Caso os animais sofram "intenso sofrimento" durante a pesquisa, eles devem ser sacrificados.

A matéria estabelece que, caso as instituições de pesquisa e ensino descumpram as regras, estarão sujeitas a advertência, multa de R$ 5.000 a R$ 20 mil, interdição definitiva ou outras penalidades. No caso de profissionais infringirem as regras, a multa vai de R$ 1.000 a R$ 5.000.

O projeto enfrentou muita resistência de entidades de defesa dos animais, que chegaram a fazer um abaixo-assinado contra o texto, entregue a parlamentares em Brasília.

USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais


USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais
Outubro 4, 2009

Fonte: folha.com.br

MAURÍCIO KANNO
colaboração para a Folha Online

Modelo de pele artificial desenvolvida pela USP constitui estrutura completa tripla e deve ajudar na substituição de animais em testes Modelo de pele artificial desenvolvida pela USP constitui estrutura completa tripla e deve ajudar na substituição de animais em testes Um laboratório da USP desenvolveu uma pele artificial que pode substituir testes de cosméticos em animais e ajudar também em sua redução nos testes farmacológicos.

Agora, as pesquisadoras estão em fase de contatos com empresas para viabilizar o financiamento da utilização do modelo desenvolvido, apesar de ele já estar pronto há cerca de um ano.

De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvya Stuchi, responsável pela pesquisa, já existem outros modelos de pele artificial sendo utilizados nos Estados Unidos e Europa. No entanto, há dificuldades de transporte e importação, já que é um material vivo e sensível.

Assim, quando há a demanda de não usar animais no Brasil –ou pelo menos usar menos–, o que acaba acontecendo é o envio dos princípios ativos dos cosméticos para testes no exterior. O problema é que a indústria brasileira gasta muito para fazer testes em outros países.

“Desenvolvemos uma estrutura de pele completa, com três elementos”, diz Stuchi. “o melanócito, responsável pela pigmentação; o queratinócito, responsável pela proteção; e o fibroblasto, segunda camada”, explica ela.

Tendência: sem animais

“A partir deste ano, na Europa, já não há testes em animais para cosméticos, é algo mandatório”, afirma a professora Silvia Berlanga, corresponsável pela pesquisa na USP. “É uma tendência mundial.”

Para cosméticos como filtro solar e creme antirrugas, a questão fica mais fácil de resolver com a pele artificial e por isso animais já foram totalmente substituídos no continente europeu. Porém, a questão fica mais dificil no que toca à indústria farmacêutica, diz Berlanga. “Os medicamentos podem envolver também ingestão via oral, ou mesmo endovenosa [pelo sangue]“, explica ela.

Fármacos envolvem absorção pelo organismo, o que vai além da pele em si. Por isso, neste caso, o que ocorreu foi a redução do uso de animais, já que ao menos certas etapas de testes puderam ser substituídas.
Divulgação
Coelho albino, usado em testes de laboratórios no Brasil devido à pele sensível, segundo recomendação da agência sanitária Anvisa
Coelho albino, usado em testes de laboratórios no Brasil devido à pele sensível, segundo recomendação da agência sanitária Anvisa

Motivações

O representante da Interniche (International Network for Humane Education) no Brasil, o biólogo e psicólogo Luís Martini, estima que ainda mais de 115 milhões de animais sejam usados por ano no mundo em experimentos e testes.

Uma motivação para a transferência para modelos de laboratório é a própria importância científica de trabalhar com a pele da própria espécie humana, que é específica. “Assim trabalha-se com algo mais fidedigno ao que é real”, explica a professora Silvya Stuchi.

Martini esclarece ainda que, devido às diferenças fisiológicas entre as espécies, há “inúmeros casos em que medicamentos que foram desenvolvidos e testados em animais tiveram que ser retirados do mercado por terem causado efeitos adversos severos quando foram utilizados por seres humanos”.

Outro motivo é a “ética da experimentação” ao lidar com os animais, como diz Berlanga. “Mesmo que fique mais caro com a pele artificial, é importante reduzir o uso de animais”, diz ela.

George Guimarães, presidente do grupo de defesa dos direitos animais Veddas, vai mais além. “Consideramos isso [uso de animais] inaceitável do ponto de vista moral e ético, uma vez que esses animais não escolheram ser usados para servir aos nossos interesses.”

O ativista e nutricionista afirma ter levado a Brasília, na época da aprovação da lei Arouca, que regulamentou os experimentos com animais em outubro de 2008, um total de 26 mil assinaturas buscando expor sua visão. Mas diz não ter obtido espaço com os parlamentares, que só recebiam “representantes das instituições científicas”.

Martini completa dizendo que “os experimentos em animais causam dor e sofrimento”. Assim, “segundo o princípio da igual consideração de interesses semelhantes, deveríamos respeitá-los nos seus direitos básicos que são o direito à vida, à integridade física e à liberdade.”

Desenvolvimento

A matéria-prima utilizada para criar a pele é na verdade de doadores humanos mesmo, que fazem cirurgias plásticas –no caso do laboratório da USP, são utilizadas doações do Hospital Universitário. Assim, as células são cultivadas em placa de petri e são formados os tecidos, incluindo a derme e epiderme.

O objetivo original do desenvolvimento da pele, no entanto, que começou há 15 anos, foi para o estudo do melanoma, um tipo grave de câncer de pele.

De lá para cá, a professora Stuchi cita dois marcos importantes. O primeiro foi a parceria com os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer Ludvig, estabelecido no Hospital do Câncer em São Paulo, com quem aprendeu muito o isolamento das células, a partir de 2005.

O segundo marco foi com uma primeira bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) entre 2007 e 2008, sua temporada como pesquisadora visitante na Universidade de Michigan, EUA. Lá adquiriu diversos tipos de tecidos de pele humana e pôde fazer testes com eles no Brasil, obtendo realmente o conhecimento sobre como fazer a estrutura da pele.

Em 2009, o projeto de pesquisa na USP obteve nova verba da Fapesp, por meio do qual, aprimoramentos no modelo de pele estão sendo realizados.

Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais


Reportagem do site http://veganbr.wordpress.com/category/testes-em-animais/

Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais
Dezembro 25, 2009

Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.

Por Ulisses A. Nenê

O caozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrgs).

Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação), depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Não estamos falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.

Aprovação dos alunos

Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.

As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.

Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.

“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.

Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.

Modelos artificiais
A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina. (clique aqui para ver fotos)

O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades”, relata.

O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente), com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.
Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.

O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.

“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.

O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.

Objeção de consciência

O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.

Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.

Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.
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Então...na verdade não dá para definir ninguém, já que estamos mudando a cada dia. Mas eu tenho algumas características que por enquanto são imutáveis, tais como o meu amor incondicional pelos animais, meu respeito pela natureza, minha admiração por Jesus e pelo apóstolo Paulo de Tarso, minha paixão pelo conhecimento, minha infinita vontade de melhorar como espírito, e meu amor pela minha família.

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