quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

China pode proibir restaurantes de servir carne de gato e de cachorro

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/1,,EMI118339-16418,00.html
Grupos de proteção dos animais aumentam a pressão junto ao governo chinês para que coloque em vigor uma proibição nacional para que estabelecimentos deixem de servir esse tipo de carne
Por Época NEGÓCIOS Online

A partir de abril, os turistas curiosos e de estômago forte não deverão mais encontrar no cardápio dos restaurantes da China opções “exóticas” com carne de cachorro e de gato. Autoridades chinesas vão apresentar propostas para proibir completamente a degustação de pratos que levem esse tipo de carne na preparação. O governo está preocupado com a pressão cada vez mais intensa de grupos ativistas dos direitos dos animais, que consideram um horror o espetáculo de chineses e turistas provando carne de bichanos e lulus.

Se a nova regulamentação for aprovada, milhares de restaurantes e de açougues poderão fechar as portas. Mais: qualquer pessoa (turista ou local) que seja pega comendo carne de cachorro ou de gato terá de pagar uma multa de 5 mil yuanes, o equivalente a R$ 1.380, ou encarar 15 dias na prisão.

Os restaurantes que desobedecerem a proibição do governo incorrem na possibilidade de uma multa de 500 mil yuanes, ou R$ 135.800. A polícia contaria, inclusive, com uma linha para atender a denúncias anônimas.
Um rascunho da legislação foi apresentado em setembro do ano passado para que o público pudesse opinar a respeito. Segundo Chang Jiwen, integrante da Academia de Ciências Sociais da China, uma organização do governo que vem trabalhando há 11 anos na criação de uma legislação que proiba o consumo de carne de cachorro e de gato, o principal objetivo da lei é impedir a tortura de animais, disse ele ao jornal britânico “The Daily Telegraph”.

A carne de cachorro, que é conhecida na China como “carne com aroma”, tem sido consumida há milhares de anos. Inicialmente, os chineses acreditavam que a carne desse animal possuía características medicinais e era boa para a saúde. Nas regiões do norte do país, a carne de cachorro é usada na preparação de um cozido muito popular que, dizem, ajuda a aquecer o sangue.

Já a carne de gato tem se tornado cada vez mais popular no sul da China. Uma sopa, batizada de “Dragão e Tigre em Luta”, leva carne de gato e de cobra, e está se tornando uma das iguarias mais pedidas na cidade de Guangzhou. O sucesso é tanto que os gatos usados nesse prato estão sendo importados de outras províncias para dar conta da demanda.

Apesar disso, a pressão para acabar com essa comercialização também vem da classe média, cada vez mais afeita aos hábitos ocidentais de adotar animais de estimação e tratá-los como “criaturas especiais”. Na internet, circulam milhares de abaixo-assinados pedindo a proibição de açougues de carne de cachorro e de gato. Também aumentam os protestos em mercados de rua que vendem essas carnes. Alguns segmentos da sociedade preferem pedir que os animais sejam sacrificados do que comercializados como carne para a população.
Analistas chineses acreditam, porém, que ainda deve levar muito tempo para que o governo aprove definitivamente uma lei contra a comercialização e consumo de carne de cachorro e de gato. O conselho reúne-se em março para apresentar suas propostas, mas o Comitê dos Assuntos Pendentes já expressou oficialmente dúvidas sobre a necessidade de passar esse tipo de lei.

Considerações sobre a vida.



Inicio este texto com a intenção de auxiliar os nossos irmãos menores, tão necessitados do nosso amparo e da nossa compreensão. Além disso, tentar contribuir com a aceleração do processo de esclarecimento sobre as verdades Divinas no que diz respeito aos animais, a natureza, a vida como um todo.
Ao longo da minha vida sempre amei os animais. A princípio tinha medo de ser comida por um cachorro, arranhada por um gato ou devorada por um tubarão. O tempo se passou e eu descobri que sou medrosa mesmo. Não tenho mais medo de cachorros, gatos e outros animais (com exceção de tubarões), mas de todo o resto.

Deus, em sua infinita bondade, nos criou. O homem, em seu infinito egoísmo, acha que nós somos os únicos agraciados por Deus com a oportunidade de evoluir.
A pretensão e ignorância do homem são tão grandes que ele acha que “cria” outros seres, “inventa” novas tecnologias. Não lembrando que se Deus não permitir que o sopro da vida chegue até aquele corpo ou que a inspiração divina alcance os nossos ouvidos, nada acontece.
Além de não sermos os melhores entre toda a criação divina na Terra, também, a Terra, não é a única que Deus contemplou com a oportunidade da vida. Mas vamos começar devagar. Já é tão difícil o homem respeitar e amar seus irmãos da Terra... Quem dirão extraterrenos.
Para começar, Deus não é vingativo e nem cruel, mas justo, bom e misericordioso. Em sua infinita bondade, justiça e misericórdia, não seria sensato se acreditar que Ele criou tudo (animais, natureza, etc.) para nos satisfazer. Assim como não criou pessoas mais burras e mais pobres para satisfazerem (serem escravas) pessoas mais abastadas em inteligência e bens. Seguindo este raciocínio, e tendo a certeza de que concordarão com a afirmativa acima, não existe sentido em explorar os animais e todos os recursos naturais, já que eles são criaturas de Deus e devem ter os mesmos direitos ao respeito e ao progresso que os homens, mesmo tendo menor independência e menor capacidade de aprender.
Segundo a Doutrina Espírita, as demais criações divinas se diferem dos homens apenas no que se refere à experiência e ao tempo. Todos estão submetidos à Lei do Progresso. Então, o que faz pensar que os homens são superiores? Nada mais do que o egoísmo e a ignorância.


Bastam alguns minutos com um animal para enxergar suas particularidades, variáveis dentro da espécie, de um indivíduo para o outro. Desde os insetos até os mais inteligentes mamíferos. Nas espécies vegetais e minerais a individualidade é menos perceptível, mas existente. Logicamente, que devem ser levadas em consideração as diferenças de grau evolutivo. O cachorro apresenta maiores particularidade em sua personalidade que um jacaré, mas a individualidade existe.
O espírito adquire o direito de um corpo material tão complexo quanto maior for seu grau evolutivo (evolução moral e intelectual). Portanto a sua capacidade de aprender (inteligência) está relacionada com as possibilidades que o seu corpo proporciona, pois o corpo material (aquele que utilizamos em cada encarnação) limita mais ou menos suas possibilidades de aprendizagem e, portanto, suas experiências. Para exemplificar, o tamanho do cérebro influencia na capacidade de aprender. Ter ou não ter mãos com dedos, influencia nas possibilidades de experiências. E assim sucessivamente.


Análises genéticas comprovaram que o DNA de um ser humano e um verme se difere em apenas alguns genes. Ou seja, a pouquíssimo tempo agregamos genes suficientes para deixarmos de ser vermes e virarmos humanos.
Imaginemos nós, com menor capacidade de aprender e menor autonomia, sendo submetidos a testes com produtos químicos extremamente tóxicos em diversas partes do nosso organismo, simplesmente não podendo fazer nada por estarmos amarrados. Ou então presos em gaiolas, ou jogados em rinhas, ou puxando carroças pesadíssimas, ou sendo abatidos para alimentação alheia, ou utilizados (vivos) para estudo em universidades, ou mesmo sendo submetidos a maus tratos diversos.
Estas situações acontecem o tempo todo, e pior é que quem faz isso acredita que está fazendo algo que Deus assina em baixo.


Deus sabe (e sabe mesmo, por foi ele quem nos criou) que nós temos a capacidade de utilizar meios mais adequados para nossas finalidades diversas, assim como Ele sabia que nós não precisaríamos usar escravos para trabalhar para nós, ou que não precisaríamos ficar meses em um navio para atravessar um oceano. Mas tudo isso é resultado do capitalismo a que nós fomos “habituados”, para não dizer ignorância, avareza, ambição. Quando algo é caro demais, o jeito é explorar o mais fraco.
Para finalizar lembro que do átomo ao anjo há espírito, e onde há espírito há evolução. Portanto devemos respeitar a todos. O teu próximo, como disse Jesus (Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo), é qualquer um, até mesmo um átomo. E até mesmo o seu corpo (“... como a ti mesmo.”), que é o habitat de milhões de seres microscópicos, deve ser respeitado. Suas próprias células são outros indivíduos. Para entender melhor, pense na Terra como um indivíduo e que nós somos suas células. Ela está doente por nossa causa. O remédio que ela está tomando são as catástrofes naturais que eliminarão sua enfermidade, ou seja, as células que comprometem sua saúde.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vivissecção, dissecação e testes em animais


O que é a vivissecção?

Vivisecção define-se como o acto ou a prática de fazer experiências em animais vivos, geralmente sem recorrer a qualquer tipo de anestesia. O termo vivissecção é usado para englobar as várias categorias científicas e procedimentos médicos feitos em animais, incluindo: testes de medicamentos e outros produtos químicos, pesquisa biomédica, ou a criação e morte de animais direccionadas para retirar e usar partes, tais como válvulas cardíacas ou órgãos.

Dissecação (visada para o ensino)

Quando nos anos 20 (1920) a dissecação foi introduzida no currículo educacional, foi considerada um bom método de aprendizagem para o estudo da anatomia, fisiologia e da teoria da evolução. Hoje em dia encontram-se disponíveis métodos de ensino sofisticados que substituem a dissecação, salvando milhares de animais.
Mas a dissecação é um enorme negócio. Milhões de animais são mortos todos os anos para serem dissecados em experiências com fins educativos. Muitos destes animais, como rãs, minhocas, lagostins, percas, etc., são retirados dos seus habitats naturais e ecossistemas inteiros ficam ameaçados. Muitos animais são submetidos a uma crueldade e sofrimento inacreditáveis até se tornarem “espécimens para dissecação”. Os cães e gatos que se encontram abandonados ou em canis, ratos, coelhos e porquinhos-da-índia são levados para locais que colaboram com escolas e universidades, onde vão ser atordoados e posteriormente aprisionados por um sistema onde lhes vai ser injectado, ainda conscientes, formol. Esta substância, que serve para preservar, quando introduzida no corpo dos animais equivale à introdução de água a ferver.
Cada vez mais alunos se recusam a fazer dissecações, propondo aos professores livros, vídeos e modelos de plástico e informáticos. Todos os alunos têm o direito a exprimir o seu desagrado por estas experiências; se na tua escola ou faculdade são usados animais em experiências, fala com os teus professores, propõe alternativas e reúne-te com os teus colegas para mostrarem o vosso desagrado.


Testes em animais


Os animais são submetidos à exposição de substâncias químicas e radioactivas, privados dos seus habitats naturais (capturam-se para este propósito), passam por privações sociais, são introduzidos nos seus organismos venenos e outras substâncias, são queimados, electrocutados, afogados, cegos, incapacitados - tudo sem anestésicos. Para as empresas que testam em animais, estes são um meio barato e rápido de fazer dinheiro (estimam-se biliões de dólares por ano).
Em Portugal, também se fazem testes em animais, nomeadamente no Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, nas estações zootécnicas do Ministério da Agricultura, nas faculdades de medicina, medicina veterinária, ciências, farmácia e psicologia, nalgumas instituições de investigação científica e, em alguns casos, nalguns laboratórios comerciais. Em Portugal, a protecção legal destes animais é ainda mais reduzida e a fiscalização ainda mais deficiente do que noutros países evoluídos.


Testes mais comuns


Teste Draize de irritação dos olhos

Diversas substâncias são introduzidas nos olhos de coelhos e outros animais, causando frequentes e dolorosas ulcerações. É comum nos testes de cosméticos.


Teste da dose letal

Os animais são forçados a ingerir substâncias para ver qual o efeito no seu organismo. A dosagem da substância vai diminuindo até que morra apenas uma pequena percentagem de animais, mas antes que isso aconteça milhares de animais são sacrificados. É comum nos testes de produtos de limpeza.

Teste de irritação dermal

O pêlo dos animais é raspado e a pele sensibilizada. São aplicadas substâncias na pele (ultra-sensível) dos animais. Ratos, coelhos, primatas, cães, gatos, porcos, camundongos e porquinhos-da-índia são os animais mais procurados e usados para estes fins. É comum nos testes de cosméticos.

Testes de colisão

Os animais são lançados contra paredes de cimento. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são despedaçados e mortos nesta prática. São comuns nos testes de viação.

Testes de toxidade alcoólica e tabaco

Os animais são obrigados a inalar fumo e a embriagar-se, para que depois sejam analisados e dissecados.

Testes neurológicos e comportamentais

Aos primatas, como chimpanzés, babuínos e macacos, são colocados eléctrodos nos seus cérebros (sem anestesia) e são-lhes infligidos danos cerebrais graves e irreversíveis (paralisantes e incapacitantes), para que os cientistas possam analisar o efeito de medicamentos, chips e descargas eléctricas. Os estudos comportamentais incluem: privação da protecção materna; privação social na inflicção de dor, ou seja afastar os animais da convivência de outros, para a observação do medo; o uso de estímulos adversativos, como choques eléctricos para aprendizagem; e a indução dos animais a estados psicológicos stressantes, como o afastamento das crias recém-nascidas das suas mães, por exemplo. Estes testes são comuns nas áreas de neurologia, neurocirurgia, neurofisiologia e psicologia comportamental. Como resultado destes testes muitos animais ficam profundamente deprimidos, enlouquecem e auto mutilam-se.

Testes bélicos

Os animais são submetidos a radiações e produtos de armas químicas e biológicas, assim como a descargas de armas tradicionais. São expostos a gases e baleados na cabeça, para o estudo da velocidade dos mísseis e projécteis.

Testes dentários

Os animais são forçados a manter uma dieta nociva à base de açúcares, e a manter hábitos alimentares errados para, no final, adquirirem cáries, terem as gengivas descoladas e a arcada dentária removida.

Testes médico-cirúrgicos

Milhões de animais são mortos nas cirurgias das faculdades de medicina.


Como intervir?

Cada vez que compras um produto testado em animais, estás a contribuir financeiramente para que ocorram mais pesquisas deste género.

Mas as pesquisas em animais não são necessárias para garantir que o produto é seguro?

O facto de terem sido testados em animais não implica que os produtos sejam mais seguros. Em relação aos de testes de cosméticos, por exemplo, já se conhecem os ingredientes e as suas acções nos humanos. Por isso é que tantas empresas pararam de usar animais (mais de 500). Quanto aos medicamentos, os testes nos humanos são a única forma de garantir que o medicamento é seguro, pois todos os animais (humanos e não humanos) diferem uns dos outros, e os resultados eficientes nalgumas espécies são fatais para outras.


Alternativas

Estudos clínicos, pesquisas in vitro, autópsias, acompanhamento do efeito de medicamentos após o lançamento no mercado, modelos computadorizados, pesquisas genéticas e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos sem terem de ser sacrificados animais. Podes ver aqui mais alternativas aos testes em animais:
http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=41


Empresas que não testam em animais: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=43
Empresas que testam em animais: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=42


Referências:
http://www.vivisectioninfo.org/
http://www.apasfa.org/futuro/right.shtml

Você é estudante e não quer matar animais em sua universidade?


Junho 28, 2009

fonte: www.internichebrasil.org

A InterNICHE é uma rede ampla e diversa de estudantes, professores e outras pessoas afins. A rede enfoca o uso de animais e as alternativas a este uso, na educação em ciências biológicas, médicas e veterinárias.

Não existem filiad*s, mas uma associação livre de pessoas que tenham um interesse no tema da educação ética, humanitária e moderna. A InterNICHE trabalha em parceria com qualquer indivíduo, grupo ou instituição que compartilhe dos objetivos comum desta rede: a substituição total do uso prejudicial de animais e o investimento em uma educação científica de compromisso ético e que contribua para a humanização dos profissionais das diferentes áreas.

A InterNICHE começou em 1988 como EuroNICHE, e se transformou em uma rede global no ano de 2000.

A tomada de decisões dentro da rede é democrática e consensual, e conta com um comitê de contatos nacionais. Os trabalhos internacionais são coordenados pelo coordenador, e nacionalmente pelos representantes dentro dos 34 países onde a InterNICHE vem atuando. Um grupo de apoio internacional é sempre consultado pelo coordenador, que guia e mantém a rede.

Entre muitos projetos nacionais e internacionais, a InterNICHE produziu um vídeo sobre alternativas, onde professores de várias disciplinas demonstram as alternativas que utilizam em seus cursos. Este vídeo está disponível em aproximadamente 20 línguas.

A segunda edição do livro ‘from Guinea Pig to Computer Mouse’ vem com a descrição de cerca de 500 alternativas projetadas para uma educação científica de maior qualidade e mais ética. Também enfoca os objetivos educativos em detalhe, e levanta diferentes abordagens pedagógicas.

A rede oferece ainda um serviço de empréstimo de alternativas – uma coleção de produtos disponíveis para empréstimo em qualquer parte do mundo, assim como literatura, apoio e orientação para professor*s e estudantes. E em conferências periódicas da InterNICHE, pode-se conhecer conferencistas internacionais em educação humanitária, experimentar alternativas, e conhecer pessoas interessadas ou envolvidas em inovação e transformação curricular.

A InterNICHE é uma rede sem finalidades lucrativas que depende de doações para suas atividades.

INTERNICHE BRASIL

No Brasil, a InterNICHEBrasil surgiu a finais de 1999, com a proposta de contribuir na divulgação de informações sobre métodos alternativos ao uso didático e prejudicial de animais nas universidades brasileiras.

Acreditamos que o uso didático de animais (na forma de vivissecção ou dissecção) representa uma forma questionável de obtenção de conhecimento, que coloca em risco não somente a integridade física e/ou psicológica de animais, como também em muitos casos a integridade moral, religiosa e/ou psicológica daqueles que passam por ela. (Leia nossa crítica ao uso de animais)
Acreditamos também que uma das causas principais da continuidade destas práticas é a falta de informação e discussão a respeito do tema. Aqui a InterNICHE Brasil tem uma função essencial, por tratar-se da primeira rede brasileira que se dedica especificamente à questão do uso de animais no ensino universitário (no Brasil, o uso de animais no ensino primário ou secundário é ilegal desde 1979).

Promover uma educação que não exija o sacrifício de animais, através da implementação de alternativas, e criar um ambiente de discussão ética saudável são os principais objetivos daInterNICHE Brasil, que procurará servir como uma fonte de troca de informações e experiências para professor*s e estudantes que compartilhem dos mesmos objetivos.

Procuramos trabalhar com professor*s e estudantes em universidades brasileiras, estimulando a busca por informações sobre alternativas, como também acompanhando casos deobjeção de consciência entre estudantes que manifestam qualquer tipo de posição contrária a prática do uso de animais.

visite: www.internichebrasil.org

Fígado artificial vai substituir testes de medicamentos em animais


Pesquisadores alemães desenvolveram um modelo biológico do fígado capaz de funcionar fora do corpo humano, tornando-se uma ferramenta importante para o teste de novos medicamentos.

Além dos aspectos éticos crescentemente levantados contra o uso de animais para a pesquisa de medicamentos, cada vez mais os cientistas admitem que ratos e camundongos quase nunca são modelos adequados para o teste de remédios para uso por seres humanos – veja a reportagem Genoma do camundongo mostra deficiências de seu uso como modelo animal.

“Nosso órgão artificial tem por objetivo oferecer uma alternativa aos experimentos com animais,” diz a professora Heike Mertsching, do Instituto Fraunhofer, que desenvolveu o fígado artificial em conjunto com sua colega Johanna Schanz.

“Particularmente, humanos e animais têm metabolismos diferentes. 30% de todos os efeitos colaterais aparecem apenas nos testes clínicos, quando os medicamentos são dados a humanos,” diz a pesquisadora.

Fígado artificial

O modelo de fígado artificial possui um sistema próprio de vascularização, criando um ambiente natural para o crescimento das células. As células humanas foram colocadas sobre a estrutura de vasos sanguíneos de um pedaço de intestino de porco. Todas as células do animal foram retiradas, mas os vasos sanguíneos foram preservados.

As pesquisadoras usaram células humanas responsáveis pela quebra e transformação dos medicamentos, chamadas hepatócitos, e células endoteliais, que agem como uma barreira entre o sangue e as células dos tecidos.

A fim de simular o sangue e a circulação, os pesquisadores colocaram o modelo em um biorreator controlado por computador, dotado de uma bomba tubular flexível. Isto permite que os nutrientes circulem, sendo injetados e retirados da mesma forma como ocorre no sistema de veias e artérias do corpo humano.

“As células ficam ativas por até três semanas,” dizem as pesquisadoras. “Esse tempo foi suficiente para analisar e avaliar as funções. Mas é possível alcançar um período maior de funcionamento.”

Tecido para transplantes

As duas cientistas verificaram que o modelo biológico artificial funciona de forma similar ao fígado humano, quebrando as moléculas dos medicamentos, retirando os compostos tóxicos e fabricando proteínas.

Estas são pré-condições importantes para a realização de testes de medicamentos ou mesmo para um futuro uso dos tecidos artificiais em transplantes, na medida que o efeito de uma substância pode mudar quando ela é transformada ou quebrada quimicamente – muitos medicamentos somente são metabolizados em suas formas terapeuticamente ativas no fígado, enquanto outras podem desenvolver substâncias tóxicas.

As pesquisadoras já demonstraram as possibilidades básicas para o uso do seu modelo com vários tipos de células, incluindo fígado, pele e intestino. Os testes continuarão e elas afirmam que seu fígado artificial poderá se tornar uma alternativa aos experimentos com animais dentro de dois anos.

Lula sanciona lei que regula uso de cobaias no Brasil

Da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (8) a lei que regulamenta o uso de cobaias em pesquisas científicas no país --o texto foi publicado nesta quinta-feira (9) no "Diário Oficial da União". O estabelecimento dessa legislação era uma reivindicação de grande parte dos cientistas, já que até agora não havia uma norma nacional que indicasse claramente os limites da prática.

O projeto de lei sobre o assunto, conhecido como Lei Arouca, tramitou no Congresso por cerca de 13 anos, até ser aprovado pela Câmara em maio e pelo Senado em setembro deste ano.

Com a sanção de Lula, a lei promete acabar com disputas locais sobre o assunto, como aconteceu recentemente em Florianópolis e no Rio.

Controle

O texto prevê a criação do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), que vai regulamentar o uso de animais para pesquisa e estabelecer as normas e critérios éticos.

O órgão será presidido pelo Ministro de Ciência e Tecnologia e integrado por representantes de outros ministérios e de órgãos como a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e o Cobea (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal).

Até hoje, a função de estabelecer os parâmetros para a experimentação animal ficava a cargo das comissões de ética de universidades e instituições de pesquisa. Caso esses órgãos não tivessem sido instituídos, as decisões cabiam a cada cientista individualmente.

A lei também obriga as instituições de pesquisa que quiserem utilizar cobaias a instituir um Ceua (Comissão de Ética no Uso de Animais), que vai regular a prática em cada local. Além de especialistas como médicos e biólogos, representantes de entidades protetoras dos animais também devem fazer parte desses órgãos.

Dor

Entre as normas estabelecidas também está a aplicação de analgésicos ou anestesias que aliviem o desconforto das cobaias durante os procedimentos. Caso os animais sofram "intenso sofrimento" durante a pesquisa, eles devem ser sacrificados.

A matéria estabelece que, caso as instituições de pesquisa e ensino descumpram as regras, estarão sujeitas a advertência, multa de R$ 5.000 a R$ 20 mil, interdição definitiva ou outras penalidades. No caso de profissionais infringirem as regras, a multa vai de R$ 1.000 a R$ 5.000.

O projeto enfrentou muita resistência de entidades de defesa dos animais, que chegaram a fazer um abaixo-assinado contra o texto, entregue a parlamentares em Brasília.

USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais


USP desenvolve pele artificial para evitar testes com animais
Outubro 4, 2009

Fonte: folha.com.br

MAURÍCIO KANNO
colaboração para a Folha Online

Modelo de pele artificial desenvolvida pela USP constitui estrutura completa tripla e deve ajudar na substituição de animais em testes Modelo de pele artificial desenvolvida pela USP constitui estrutura completa tripla e deve ajudar na substituição de animais em testes Um laboratório da USP desenvolveu uma pele artificial que pode substituir testes de cosméticos em animais e ajudar também em sua redução nos testes farmacológicos.

Agora, as pesquisadoras estão em fase de contatos com empresas para viabilizar o financiamento da utilização do modelo desenvolvido, apesar de ele já estar pronto há cerca de um ano.

De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Silvya Stuchi, responsável pela pesquisa, já existem outros modelos de pele artificial sendo utilizados nos Estados Unidos e Europa. No entanto, há dificuldades de transporte e importação, já que é um material vivo e sensível.

Assim, quando há a demanda de não usar animais no Brasil –ou pelo menos usar menos–, o que acaba acontecendo é o envio dos princípios ativos dos cosméticos para testes no exterior. O problema é que a indústria brasileira gasta muito para fazer testes em outros países.

“Desenvolvemos uma estrutura de pele completa, com três elementos”, diz Stuchi. “o melanócito, responsável pela pigmentação; o queratinócito, responsável pela proteção; e o fibroblasto, segunda camada”, explica ela.

Tendência: sem animais

“A partir deste ano, na Europa, já não há testes em animais para cosméticos, é algo mandatório”, afirma a professora Silvia Berlanga, corresponsável pela pesquisa na USP. “É uma tendência mundial.”

Para cosméticos como filtro solar e creme antirrugas, a questão fica mais fácil de resolver com a pele artificial e por isso animais já foram totalmente substituídos no continente europeu. Porém, a questão fica mais dificil no que toca à indústria farmacêutica, diz Berlanga. “Os medicamentos podem envolver também ingestão via oral, ou mesmo endovenosa [pelo sangue]“, explica ela.

Fármacos envolvem absorção pelo organismo, o que vai além da pele em si. Por isso, neste caso, o que ocorreu foi a redução do uso de animais, já que ao menos certas etapas de testes puderam ser substituídas.
Divulgação
Coelho albino, usado em testes de laboratórios no Brasil devido à pele sensível, segundo recomendação da agência sanitária Anvisa
Coelho albino, usado em testes de laboratórios no Brasil devido à pele sensível, segundo recomendação da agência sanitária Anvisa

Motivações

O representante da Interniche (International Network for Humane Education) no Brasil, o biólogo e psicólogo Luís Martini, estima que ainda mais de 115 milhões de animais sejam usados por ano no mundo em experimentos e testes.

Uma motivação para a transferência para modelos de laboratório é a própria importância científica de trabalhar com a pele da própria espécie humana, que é específica. “Assim trabalha-se com algo mais fidedigno ao que é real”, explica a professora Silvya Stuchi.

Martini esclarece ainda que, devido às diferenças fisiológicas entre as espécies, há “inúmeros casos em que medicamentos que foram desenvolvidos e testados em animais tiveram que ser retirados do mercado por terem causado efeitos adversos severos quando foram utilizados por seres humanos”.

Outro motivo é a “ética da experimentação” ao lidar com os animais, como diz Berlanga. “Mesmo que fique mais caro com a pele artificial, é importante reduzir o uso de animais”, diz ela.

George Guimarães, presidente do grupo de defesa dos direitos animais Veddas, vai mais além. “Consideramos isso [uso de animais] inaceitável do ponto de vista moral e ético, uma vez que esses animais não escolheram ser usados para servir aos nossos interesses.”

O ativista e nutricionista afirma ter levado a Brasília, na época da aprovação da lei Arouca, que regulamentou os experimentos com animais em outubro de 2008, um total de 26 mil assinaturas buscando expor sua visão. Mas diz não ter obtido espaço com os parlamentares, que só recebiam “representantes das instituições científicas”.

Martini completa dizendo que “os experimentos em animais causam dor e sofrimento”. Assim, “segundo o princípio da igual consideração de interesses semelhantes, deveríamos respeitá-los nos seus direitos básicos que são o direito à vida, à integridade física e à liberdade.”

Desenvolvimento

A matéria-prima utilizada para criar a pele é na verdade de doadores humanos mesmo, que fazem cirurgias plásticas –no caso do laboratório da USP, são utilizadas doações do Hospital Universitário. Assim, as células são cultivadas em placa de petri e são formados os tecidos, incluindo a derme e epiderme.

O objetivo original do desenvolvimento da pele, no entanto, que começou há 15 anos, foi para o estudo do melanoma, um tipo grave de câncer de pele.

De lá para cá, a professora Stuchi cita dois marcos importantes. O primeiro foi a parceria com os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer Ludvig, estabelecido no Hospital do Câncer em São Paulo, com quem aprendeu muito o isolamento das células, a partir de 2005.

O segundo marco foi com uma primeira bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) entre 2007 e 2008, sua temporada como pesquisadora visitante na Universidade de Michigan, EUA. Lá adquiriu diversos tipos de tecidos de pele humana e pôde fazer testes com eles no Brasil, obtendo realmente o conhecimento sobre como fazer a estrutura da pele.

Em 2009, o projeto de pesquisa na USP obteve nova verba da Fapesp, por meio do qual, aprimoramentos no modelo de pele estão sendo realizados.

Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais


Reportagem do site http://veganbr.wordpress.com/category/testes-em-animais/

Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais
Dezembro 25, 2009

Passados dois anos desde que o sacrifício de animais foi abolido no curso, professores e alunos estão muito satisfeitos. Conflito ético foi o principal motivo para a troca por modelos artificiais nas aulas práticas.

Por Ulisses A. Nenê

O caozinho é trazido do canil e chega faceiro; caminha até o grupo de alunos de medicina e lambe as pernas de um deles. O clima na sala fica pesado e ninguém quer anestesiar e cortar o bichinho. Alguns estudantes, constrangidos, ameaçam ir embora. Cenas como esta ou parecidas aconteceram por diversas vezes, nos muitos anos em que animais foram usados nas aulas práticas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Famed/Ufrgs).

Era assim, anestesiando, cortando e costurando animais vivos (vivissecação), depois sacrificados, que os futuros médicos aprendiam as técnicas operatórias e outros conteúdos. Mas isto mudou em abril de 2007, quando a Famed tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).

Não estamos falando de uma instituição qualquer: fundada há 111 anos, a Famed é considerada a melhor faculdade de medicina do país, tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil de 2008 (Enade). O conflito ético foi o principal motivo para que o curso abandonasse a vivissecação, adotando o emprego de modelos anatômicos artificiais que imitam órgãos e tecidos humanos.

Aprovação dos alunos

Passados dois anos, a medida tem a total aprovação de alunos e professores, que garantem não haver nenhum prejuízo para o aprendizado médico. Aluna do quarto semestre, Sabrina de Noronha, 22 anos, diz que sequer pensava que pudesse haver a utilização de animais quando ingressou na medicina. Ela já cursou disciplinas importantes, como fisiologia, anatomia, bioquímica, histologia, onde aconteciam aulas práticas com vivissecação, e não precisou passar por esta experiência.

As aulas de anatomia, por exemplo, só utilizam cadáveres humanos. “Não tivemos contato com animais em nenhum momento. Fiquei sabendo há pouco tempo que outras faculdades usam animais e achei isso horrível; a faculdade existe para formar profissionais que vão ajudar pessoas e para isso não precisamos maltratar outros seres, não seria ético; a gente tem tanto direito à vida quanto eles (animais), não vejo diferença”, diz a aluna.

Sua colega Bárbara Kipp, 22 anos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs concorda. Segundo ela, há outros métodos já bem desenvolvidos para se aprender as técnicas médicas sem precisar recorrer à vivissecação dos cães, coelhos e outros bichos. “Nunca usei animais no curso e estou aprendendo muito bem; não me sentiria à vontade se isso acontecesse e também não vejo ninguém, nenhum colega, sentindo falta”, afirma Bárbara.

“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da Famed, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski. Não faltaram razões, pois havia alunos que não concordavam com o sacrifício dos cães e outros bichos nas aulas. Além da questão ética, a pressão das entidades protetoras dos animais era cada vez maior, conta o diretor.

Também estava cada vez mais difícil conseguir os animais para servirem de cobaias, havendo ainda o problema de alojá-los e depois descartá-los, após serem sacrificados. Por isso, este procedimento vinha diminuindo ano á ano e quando foi abolido, em 2007, cerca de cinco ou seis animais ainda eram retalhados por semana nas mesas de cirurgia do curso.

Modelos artificiais
A mudança foi bastante discutida, e resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, com recursos da própria Ufrgs, Famed, Hospital de Clínicas (o hospital universitário) e Promed, um programa do Ministério da Saúde que incentiva mudanças nos currículos dos cursos de medicina. (clique aqui para ver fotos)

O médico Geraldo Sidiomar Duarte, que deixou o cargo de diretor do Departamento de Cirurgia no início do mês, foi o responsável pela implantação do moderno laboratório. “Era uma deficiência grave do curso (a técnica operatória), tínhamos problemas para obter o animal, onde deixá-los, os cuidados pós-operatórios e o Ministério Público e as entidades protetoras vinham se manifestando, havia muitas objeções que criaram um conjunto de dificuldades”, relata.

O trabalho era considerado insalubre e aconteciam muitos acidentes biológicos (quando alunos se cortam acidentalmente), com risco de infecção pelo sangue dos animais. Agora, o local é totalmente asséptico, não se vê uma gota de sangue no espaço de 120 metros quadrados. Duarte mostra uma peça sintética que imita perfeitamente a pele humana, inclusive na textura, onde os alunos podem fazer e refazer várias vezes cortes superficiais ou profundos, costuras e pontos. E os acidentes não acontecem mais, o risco é zero, acrescenta.
Outra peça imita um intestino, a ser costurado. Numa mesa ao lado, um tórax artificial permite o treino de punções em vasos profundos, como uma imitação da veia jugular cuja pulsação é possível sentir ao toque. Membros sintéticos apresentam ferimentos diversos a serem tratados cirurgicamente. O que parece ser apenas uma pequena caixa, com uma cobertura da cor da pele, representa a cavidade abdominal para a prática de cirurgia.

O médico e professor mostra catálogos com uma infinidade de órgãos artificiais que podem ser adquiridos: “Há modelos artificiais para todos os tipos de treinamento, pode-se montar um laboratório gigantesco com eles”, diz Duarte. “Estamos muito satisfeitos, e os alunos muito mais”, completa.

“Isso qualificou enormemente os alunos”, reforça Mauro Czepielewski, o diretor do curso. Ele acredita que esta é uma tendência irreversível e que o emprego de modelos artificiais acabará chegando a todas as faculdades de medicina, em substituição aos animais. Diversos cursos, do Rio Grande do Sul e de outros estados, já pediram informações sobre o laboratório da Famed. “A consciência do não-uso de animais é importante para fortalecer uma visão de valorização da vida”, afirma.

O diretor apenas considera muito difícil substituir animais na área de pesquisa, na pós-graduação. Mas garante que os procedimentos, neste caso, seguem rigorosos requisitos do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, com uso controlado e número limitado dos animais que servem de cobaias.

Objeção de consciência

O debate ético sobre vivissecação ganhou impulso no Estado a partir da atitude de um aluno do curso de Biologia, Róber Bachinski, que ingressou na justiça, em 2007, para ser dispensado das aulas que sacrificam animais, alegando objeção de consciência. Chegou a ganhar uma liminar, mas ela foi cassada, mediante recurso da Ufrgs, e o caso segue tramitando no Judiciário.

Segundo ele, a abolição do uso de animais na Famed reflete uma tendência mundial: “Ao abolir o uso de animais a Famed mais uma vez demonstra a sua qualidade no ensino e o seu avanço ético e metodológico. Espero que outras universidades e cursos também sigam esse modelo e que esses métodos de ensino sejam divulgados”.

Bachinski diz ainda que a abolição do uso de animais em disciplinas da medicina comprova que é possível a sua abolição em outros cursos com disciplinas equivalentes, como na farmácia, educação física, psicologia, enfermagem, biologia, veterinária. Na opinião do estudante, um novo paradigma educacional precisa ser criado, levando em conta não apenas o bem estar da sociedade e do aluno, mas também o respeito aos direitos básicos dos outros animais.

Carne é criada em laboratório

Segue reportagem do dia 26/12/2009 do site http://veganbr.wordpress.com/category/testes-em-animais/:

Técnica holandesa poderia permitir que, num futuro não muito distante, um belo bife fosse gerado a partir de algumas células extraídas de um animal – sem que ele tivesse que morrer para isso.

A afirmação não é um exagero. Na verdade, até subestima o potencial da pesquisa do professor Mark Post, da Universidade Eindhoven.

“Até agora, fomos capazes de duplicar 20 vezes cada célula”, explica Post. Fazendo uma conta rápida, isso significa que uma única célula consegue gerar um milhão de outras – ou seja: a técnica multiplicaria em um milhão a disponibilidade de carne para consumo.

“Um dos focos da pesquisa é gerar alimento e ajudar com o problema da fome no mundo”, diz Post. “Além disso, criar carne da maneira tradicional é ruim para o meio ambiente. Em laboratório, consumimos menos energia, emitimos menos CO2 e menos metano”.

A técnica consiste em retirar algumas células do animal vivo (não há necessidade de matá-lo) e cultivá-las em uma solução. No início, os cientistas acreditavam que as células-tronco embriônicas seriam a melhor opção, mas logo perceberam que as os músculos de porcos já adultos funcionavam melhor. “As células mioblásticas do músculo de um porco são colocadas em uma solução com nutrientes e oxigênio”, explica o professor. “Conforme crescem, ficam apoiadas em um suporte, uma técnica bastante parecida com a medicina regenerativa”, diz.

As aplicações medicinais também são de grande interesse do cientista. Um dos objetivos da pesquisa é auxiliar na cura e tratamento de doenças degenerativas musculares. “Mas isso é muito mais difícil do que simplesmente produzir carne. Tratamentos no corpo exigem o implante do material criado, o que é mais complicado”, diz Post.

Por enquanto, o que o pesquisador conseguiu foi uma massa meio pegajosa de músculos – nada apetitosa. “Mão faz nem sentido tentar provar agora, mas é bom saber que nosso primeiro objetivo foi alcançado: produzir músculos”, explica.

As pesquisas são promissoras e não é de espantar que uma grande empresa de embutidos já tenha mostrado interesse nelas. Até agora, os estudos foram financiadas pelo governo holandês e, segundo Mark Post, o progresso do experimento vai depender de quanto esforço for aplicado no projeto – afinal, por enquanto, ele ainda é feito apenas em laboratório e em pequena escala.

Ah, e se você não é fã de carne suína, não se preocupe. “Utilizamos porcos porque temos acesso mais fácil a eles na Universidade. Ainda não possuímos o equipamento para outras espécies, mas a técnica poderia, sim, ser usada para criar carne de vaca ou outros mamíferos, e até mesmo carne de peixes”, diz Post.
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Então...na verdade não dá para definir ninguém, já que estamos mudando a cada dia. Mas eu tenho algumas características que por enquanto são imutáveis, tais como o meu amor incondicional pelos animais, meu respeito pela natureza, minha admiração por Jesus e pelo apóstolo Paulo de Tarso, minha paixão pelo conhecimento, minha infinita vontade de melhorar como espírito, e meu amor pela minha família.

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